Entre janeiro de 2020 e agosto de 2024, Goiás contabilizou 7.896 novos casos de HIV em pessoas acima de 13 anos, conforme dados da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (Subvs). O maior número de infecções ocorreu em homens jovens, com idades entre 20 e 29 anos. No mesmo período, 1.344 mortes por Aids foram notificadas no estado.
O mês de dezembro, marcado pela campanha Dezembro Vermelho, busca conscientizar sobre o HIV, a Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em Goiás, as iniciativas priorizam o diagnóstico precoce, o tratamento gratuito pelo SUS e a prevenção, com destaque para o uso de preservativos.
A infectologista Lissa Rodrigues ressalta que, apesar dos avanços na informação e tratamento, o preconceito ainda é um obstáculo significativo. “A falta de diálogo ainda impede muitas pessoas de buscarem ajuda. Hoje, o diagnóstico não é uma sentença de morte, mas o tratamento precisa ser feito adequadamente”, destaca.
Tratamento gratuito
Desde os anos 1980, o Brasil enfrenta a epidemia de HIV e oferece medicamentos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento atual consiste em dois comprimidos diários, com poucos efeitos colaterais. Porém, a evolução dos medicamentos não deve levar ao relaxamento na prevenção, alerta Lissa.
“Ainda há confusão sobre a diferença entre ter o vírus e desenvolver a Aids. O HIV destrói as células de defesa até o ponto de imunossupressão, o que caracteriza a doença. A prevenção, incluindo o uso de preservativos, segue essencial para evitar a transmissão.”
Outras doenças
Além do HIV, o Dezembro Vermelho destaca a prevenção de outras ISTs como sífilis, hepatites virais, gonorreia e herpes genital. Essas doenças, frequentemente associadas ao HIV, têm a transmissão facilitada em relações sexuais desprotegidas.
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