Além do estado, governo federal deve emitir um alerta para outras quatro regiões. SNM explica que escassez de precipitação está ligada a dois fenômenos
O governo federal deve emitir, nos próximos dias, um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro. Entre os estados, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná são os locais que a situação é considerada mais severa.
Ainda, de acordo com a reportagem da Folha de S.Paulo, esse é o primeiro alerta dessa natureza em 111 anos de serviços meteorológicos no país.
A medida corrobora as declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que o Brasil enfrenta a maior crise hídrica dos últimos tempos.
De acordo com o Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), a emergência hídrica é associada à escassez de precipitação na região hidrográfica e a previsão de que o cenário persista até setembro.
A instituição explica, também, que o déficit de precipitação está provavelmente relacionado à influência de dois fenômenos atmosféricos de grande escala:
O primeiro é La Niña, de outubro de 2020 a março de 2021. O fenômeno traz resfriamento das águas do Oceano Pacífico, diminui a temperatura da superfície do mar, altera o padrão de circulação global e, entre as características do período, reduziu chuvas no sul do Brasil.
O segundo é a Oscilação Antártica (OA), responsável por alterar o padrão de pressão atmosférica na região. Desde outubro de 2020 a OA tem atuado para impedir que sistemas causadores de chuvas se desloquem sobre as regiões continentais da América do Sul.