Em uma live transmitida através de suas redes sociais, no final da tarde desta quinta-feira, 26/03, o governador Ronaldo Caiado anunciou o funcionamento do primeiro Hospital de Campanha para receber exclusivamente pacientes infectados com o novo coronavírus.
O HCampi, como é chamado, foi montado nas instalações do Hospital do Servidor Pùblico “Fernando Cunha Júnior” do Ipasgo, em Goiânia, o qual recebeu as devidas adaptações para atender à nova funcionalidade. Acompanhado do diretor da unidade, o médico infectologista Guilherme Sócrates, o governador informou que a unidade contará com um total de 210 leitos, dos quais 70 foram preparados com respiradores e outros equipamentos especiais para receber os pacientes em estado crítico. Outros 140 leitos são reservados para os casos de pacientes em estado semicrítico.
Durante a entrevista, transmitida pela Rádio Brasil Central e nas redes sociais, Caiado informou em primeira mão que obteve do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandeta, o compromisso para a instalação de um Hospital de Campanha em Luziânia, de onde é a primeira paciente que veio a óbito pela COVID-19, em Goiás. O governador considerou um “absurdo” o fato de a região do Entorno, que tem mais de 1,2 milhão de habitantes, em mais de 50 anos, não ter um único hospital do Estado. Ele afirmou que vai designar uma equipe técnica para identificar o local e as providências que devem ser tomadas para que o Hospital de Campanha naquela região funcione o mais breve possível.
Além de Goiânia e Luziânia, o Governo de Goiás projeta montar hospitais de campanha em Itumbiara, Jataí e Porangatú. Com todas essas unidades em funcionamento, a intenção é chegar a 1,1 mil leitos.
Quarentena
Sobre a quarentena, Caiado voltou a dizer que não se trata de 40 dias ou, até, quatro meses, como tem sido comentado. Conforme explicou, a quarentena é um período que é determinado por cada governante para, no caso, adotar as medidas de enfrentamento ao coronavírus. Em Goiás, o prazo foi estipulado em 15 dias e deve terminar no dia 4 de abril. Entretanto, o governador enfatizou que isso vai depender da avaliação do quadro de evolução da disseminação do vírus e da doença. Algumas atividade poderão ser flexibilizadas, conforme já havia explicado em uma coletiva à imprensa na parte da manhã, na Capital. Essa flexibilização levará em conta vários fatores e será uma decisão técnica, sem nenhum tipo de intervenção política.