PLDO também estima superávit primário de R$ 34 bilhões, crescimento de 2,5% do PIB e inflação de 3,5%
O governo federal apresentou nesta terça-feira (15) a proposta do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026, que estabelece os principais parâmetros econômicos e fiscais do próximo ano. Entre as projeções, destaca-se o valor estimado do salário mínimo: R$ 1.630,00.
A proposta foi divulgada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento e prevê ainda um superávit primário de R$ 34 bilhões, o equivalente a 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta está em conformidade com o novo arcabouço fiscal, que estabelece que o governo deve gastar menos do que arrecada, promovendo o equilíbrio das contas públicas.
Projeção
Segundo o secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes, o valor de R$ 1.630 para o salário mínimo ainda é uma estimativa inicial. O cálculo definitivo será feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido até novembro deste ano.
“Esse valor, como determina a lei, é corrigido pelo INPC obtido em novembro, então isso aqui é uma primeira projeção. Em novembro, a gente terá o número final do valor do salário mínimo”, explicou Montes.
Indicadores econômicos
O PLDO prevê uma inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,5% e crescimento do PIB em 2,5% para o próximo ano. Já a dívida pública é projetada para atingir 81,9% do PIB em 2026.
Os limites de despesas deverão alcançar R$ 2,43 trilhões, seguindo o critério de inflação mais 2,5%. A distribuição do orçamento segue com 96,1% dos recursos destinados ao Poder Executivo, enquanto o Judiciário ficará com 2,6%, o Legislativo com 0,8% e o Ministério Público junto à Defensoria Pública com 0,4%.
Orçamento
A LDO é uma das peças centrais do ciclo orçamentário federal, ao lado do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA). Ela orienta a elaboração do orçamento e define as metas e prioridades do governo.
Neste ciclo, o PPA se estende até 2027. Após a aprovação da LDO pelo Congresso Nacional, será votada a LOA, que detalha as receitas e despesas do governo. Em 2025, a LOA só foi aprovada em março, o que causou atrasos na execução orçamentária e limitou os gastos no início do ano.
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