Especialista orienta sobre escolhas estratégicas, mudanças no Simples Nacional e preparo antecipado para evitar surpresas
Com a entrada em vigor da reforma tributária em 2026, empresários enfrentam um cenário de mudanças drásticas, o que tem muito preocupado a classe. Decisões sobre o regime tributário, em especial quanto ao Simples Nacional e suas novas modalidades, por exemplo, serão determinantes para a competitividade dos negócios.

O tributarista Ademir Gomes, de Anápolis, orienta empresas a se prepararem já em 2025 para a reforma tributária de 2026. Com a chegada do IBS e CBS, que substituirão diversos impostos, o Simples Nacional terá opções: o modelo tradicional ou o híbrido. Empresas devem analisar agora se recolhem IBS e CBS “por fora” para aproveitar créditos fiscais.
Gomes alerta que, ao optar pelo Simples tradicional, empresas mantêm a simplicidade, mas perdem competitividade em vendas B2B. Ele sugere que gestores simulem cenários para comparar com e sem apuração de créditos, um processo que exige análise de fluxo, perfil de clientes e volume de insumos. Especialistas afirmam que, ao se adaptarem ao modelo de débito e crédito, empresários podem reduzir a carga tributária, desde que compreendam o impacto financeiro.
Continuação
O Simples Nacional não será extinto, mas empresas que vendem para outras (B2B) podem ter custos maiores sem o Simples híbrido. Ademir Gomes alerta: quem não transferir créditos perderá competitividade e mercado, especialmente em serviços. Para vendas diretas ao consumidor (B2C), o regime atual pode ser vantajoso. Gomes ressalta que a escolha deve ser reavaliada anualmente, pois o mercado não espera a transição gradual.
Evite surpresas
O especialista alerta: a reforma exigirá revisões contratuais, renegociações com fornecedores, ajustes contábeis e mudanças sistêmicas. Esperar até 2026 para se adaptar é arriscado; o ideal é começar já em 2025, pois o período de transição não será adiado. Ademir Gomes enfatiza a necessidade de ação: “Empresários devem contratar assessoria contábil e jurídica, ajustar software fiscal e mapear notas fiscais antigas. Assim, encontrarão alavancas de economia e saberão o que modificar.”
Para negócios B2B, o Simples híbrido permite compensar tributos, melhorando a margem. Ademir Gomes destaca que a formação de créditos será uma ferramenta estratégica, não só tributária, mas alerta para o custo e a complexidade, que não são para todas as empresas. Quem mantém o Simples tradicional garante simplicidade, mas pode perder na concorrência com empresas que repassam créditos. O especialista enfatiza: “Hoje é hora de decidir e estruturar planejamento tributário.”
Por fim, Ademir prevê que a reforma tributária será um divisor de águas para empresários. Escolher cedo o regime tributário, organizar processos internos e realizar análise de cenários definirá quem sobrevive e quem prospera. “O momento é de planejamento estratégico: quem se prepara em 2025 evita surpresas e garante competitividade em 2026”, adverte.
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