Jovem, de 24 anos, confessou ter ateado fogo no corpo do filho recém-nascido. O caso aconteceu em Anápolis. Durante o depoimento, a estudante chocou os policiais pela frieza como descreveu os atos
Chocou o país o caso da jovem, identificada como Isabella Freire, que ateou fogo no corpo próprio filho recém-nascido. O crime brutal aconteceu nesta quarta-feira, 12/05, no Residencial Cerejeiras, em Anápolis e, desde então, tem ganhado repercussão nacional.
O cadáver do bebê foi achado por populares, por volta das 9h de ontem (12), parcialmente carbonizado. Uma das partes do corpo da criança que se encontrava preservada era exatamente o membro inferior direito, local onde havia uma etiqueta com a identificação do hospital e de parte do nome da mãe do bebê.
Usando dessas informações e mais as imagens das câmeras de segurança, a Polícia Civil (PC), através do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Anápolis, conseguiu localizar a autora.
Aos policiais, Isabella confessou o crime assim que questionada. No entanto, a jovem afirmou que não sabia se o bebê ainda estava vivo quando ateou fogo na caixa com o recém-nascido, pois, segundo ela, nos últimos seis dias a criança foi amamentada apenas uma vez.
O depoimento
O Portal CONTEXTO teve acesso ao depoimento de Isabella nesta quinta-feira, 13/05. De acordo com o delegado Wilisses Vatentin, responsável pelo caso, a menina narrou com naturalidade todos os passos do crime.
“Em determinado momento ela começou a chorar muito. Disse que não podia ter o bebê, pois tinha uma mãe doente e o pai morava nos Estados Unidos. Porém, o que de fato nos impressionou, foi à frieza com que ela descreveu os atos. Em nenhum momento se mostrou arrependida do crime”, relata o titular do GIH.
Ainda, segundo Wilisses, o pai da criança, cujo Isabella mantinha um relacionamento a cerca de dois anos, tinha conhecimento do bebê e a decisão de abortar foi de ambas as partes. “Quando ela contou que estava esperando um filho, os dois, juntos, optaram por interromper a gravidez. No entanto, já no quarto, ou quinto mês de gravidez, quando a jovem viu que as tentativas não deram certo, ela mentiu para o companheiro e disse que tinha perdido o bebê”.
Mas, afinal, quem é Isabella?

A jovem, de 24 anos, cursava farmácia em uma instituição de ensino particular, mas no ano passado precisou trancar por falta de recursos. Natural de Itapuranga, cidade da região central de Goiás, Isabella chegou em Anápolis há mais de oito anos para que pudesse concluir o Ensino Médio no município. Desde então, ela e a mãe moravam no Bairro Maracanã.
Segundo apurado pela Polícia Civil, a moça frequentava a risca uma igreja evangélica na região onde morava. Parte dos amigos e, inclusive, o namorado, ela havia conhecido no grupo de jovens. “Nenhum antecedente, caseira, não gostava de farra. Dessa forma que os amigo a descrevem”, revela Wilisses.
Ainda, conforme apurado pelo Portal CONTEXTO, a mãe da jovem, até a noite de ontem, não havia tomado conhecimento do caso. “Isabella nos pediu para que não comunicássemos a mãe por causa do estado de saúde dela. Apenas o namorado foi até a delegacia e deve depor nas próximas horas”, completa o delegado titular.