Cerca de 340 doses de Pfizer estão sendo destinadas à idosos que vivem em asilos e já foram vacinados com a Coronavac
A Secretaria Municipal de Saúde decidiu reforçar a dose de imunização aos idosos institucionalizados, ou seja, que moram em abrigos do município. Anápolis recebeu um lote de vacinas da Pfizer que está sendo utilizado para aplicação de uma terceira dose em idosos em situação de longa permanência nos asilos. Eles representam a primeira faixa da população a ser vacinada, o que ocorreu em janeiro deste ano. Todos receberam duas doses de Coronavac.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Júlio César Espindola, o lote é específico para a terceira dose nesses indivíduos com mais de 70 anos. Ele explicou que a estratégia para a aplicação está sendo anunciada na medida em que as doses chegam, mas que existe a vantagem de não haver necessidade de novo cadastro, pois o nome dos vacinados já foram lançados no sistema. “Trata-se de uma importante medida já validada pelo Governo Federal”, explicou ele.
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O Ministério da Saúde anunciou na semana passada que a 3ª dose da vacina contra o coronavírus começaria a ser aplicada a partir de 15 de setembro. Entretanto, alguns estados iniciaram a imunização antes, como é o caso dSão Paulo, que deve começar em 6 de setembro. Em Goiás, Anápolis iniciou o processo pelos idosos institucionalizados, em ordem decrescente de idade, uma vez que dados recentes mostram aumento no número de internações dessa faixa etária a partir do mês de julho. Duas instituições foram escolhidas para o início do trabalho.
Público alvo
O Governo Federal divulgou que, além dos idosos com mais de 70 anos, também vão receber a terceira dose pessoas imunossuprimidas, com câncer ou que tenham realizado transplantes recentemente. Para que o idoso receba o reforço será necessário que tenha tomado a segunda dose há pelo menos seis meses. No caso dos imunossuprimidos a terceira dose é destinada aos que receberam a segunda há mais de 28 dias. O reforço será com o imunizante da Pfizer, preferencialmente. Caso não haja disponibilidade, devem ser utilizadas as vacinas da Janssen ou da AstraZeneca.
Matriz de risco
O secretário Júlio César Espindola informou também que a Secretaria Municipal de Saúde estuda mudanças no sistema de avaliação que define o funcionamento de atividades econômicas diante da pandemia. Hoje é utilizada uma matriz de risco que leva em conta a taxa de ocupação de leitos de UTI. Atualmente o risco de colapso no sistema de saúde de Anápolis é leve. Atualmente, a média de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes de Covid-19 é. Nas enfermarias essa taxa gira em torno de 15%. De acordo com ele, a adaptação dos protocolos vão levar em conta o aspecto dinâmico do vírus e a circulação de novas cepas. Entretanto, ele não deu detalhes sobre como seria o novo modelo. O secretário falou ainda sobre uma possível avaliação para desativar leitos exclusivos para o coronavírus, o que reduziria o custo mensal do poder público com o serviço.
Júlio César atribuiu a queda das internações ao resultado direto da da imunização. “Eu credito essa melhora nos índices é reflexo do aumento na taxa d pessoas que receberam as doses e que elas estão fazendo efeito”, declarou. Ele explica que 64% das pessoas já foram imunizadas com a primeira dose e 26% com a segunda. “A gente entende que a tendência é que os casos graves diminuam e, consequentemente, as internações”, completou.
Sucesso entre jovens
O secretário comemorou a ampla adesão dos jovens à campanha contra Covid-19. Segundo ele, já são 30 mil cadastrados na faixa de 18 a 24 anos. Apesar da melhora nos índices, Júlio César reforçou os cuidados básicos, que ainda não foram abolidos: uso correto de máscara e higienização constante das mãos, além de se evitar aglomerações. “Não se enganem. Esses hábitos ainda devem ser mantidos por tempo indeterminado para garantir que a pandemia continue diminuindo”, afirmou.