Essa preocupação tem se espalhado por todo o país, por conta do risco de uma epidemia da doença, causada pelo mosquito Aedes aegypti.
E é justamente nesse ponto que o engajamento popular se faz necessário.
Vamos aos números, para um melhor entendimento. De acordo com o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023, divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde, 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios.
Nessa época do ano, o mosquito da dengue (que é vetor de outras doenças como chikungunya, zika e febre amarela) encontra ambiente para se reproduzir em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, entre outros).
Por conta do cenário de uma iminente epidemia, o Ministério da Saúde instalou na quinta-feira, 1º/02, Centro de Operações de Emergência – COE Dengue, durante solenidade ocorrida em Brasília, com a presença da titular da pasta, Nísia Trindade.
A ideia é que seja um trabalho articulados com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o objetivo de monitorar e planejar ações.
Goiás
Em Goiás, a secretaria estadual de Saúde (SES-GO) criou o Gabinete de Crise da Dengue e Arboviroses com o objetivo de implantar medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública causados pelo alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti.
Nesse contexto, as cidades classificadas como de alto risco para a dengue terão gabinetes municipais para evitar as complicações e mortes por arboviroses, tanto na esfera de gestão, como na parte hospitalar, para monitoramento do cenário epidemiológico e também assistencial.
Números
O Boletim Epidemiológico da Degue da SES-GO registra que do período das semanas 1 a 5 de 2024, já foram 20.418 casos notificados no estado, com aumento de 45,18% em relação ao mesmo período de 2023, quando ocorreram 14.064 notificações.
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Os casos confirmados neste ano (até a semana 5), somam 11.643, contra 8.219 no mesmo período do ano passado, com variação de 41,66%.
Ainda conforme o boletim da SES-GO, está confirmado 1 óbito e há 32 óbitos sob investigação. No ano passado, foram 39 mortes por dengue e suas complicações em Goiás.
Os municípios com mais casos notificados até o momento, são: Anápolis (2.153); Goiânia (2.007); Jataí (1.849); Águas Lindas de Goiás (1.706) e Aparecida de Goiânia (1.160).
Do tipo “quem avisa amigo é”, o recado deixado pelo prefeito Roberto Naves é para que a população possa, portanto, se mobilizar nessa cruzada contra a dengue, unindo esforços às ações que o poder público deve implementar para o enfrentamento da crise.
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