Pesquisa Panorama da Primeira Infância: O que o Brasil sabe, vive e pensa sobre os primeiros seis anos de vida, encomendada pela Fundação Maria Cecílio Souto Vidigal ao Datafolha é preocupante
Expressivos 78% das crianças de, até, três anos e 94% das de quatro a seis, consomem três horas por dia com tablets, celulares e outros equipamentos audiovisuais, mais que o dobro do recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que sugere, no máximo, uma hora por dia para crianças com mais de dois anos. Para as que têm menos, a orientação é não ter nenhum tipo de exposição. Mas, onde residiria a causa dessa exposição? Certamente na avalanche de aparelhos espalhados por todos os cantos, em toda as camadas sociais. Dificilmente, haverá um domicílio, na cidade, ou, no campo, onde eles não estariam.
Dados oficiais revelam que o Brasil tem, em média, 1,2 celular para cada habitante. Pelo menos é isso que aponta a 35ª Pesquisa Anual do FGVcia, que exibiu informações sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas. São 502 milhões de dispositivos digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso no País (corporativo e doméstico); ou seja, em junho deste ano (2025), foram contabilizados 2,4 dispositivos digitais por habitante, de acordo com a 36ª edição da Pesquisa Anual do FGVcia sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, divulgada na semana passada, pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.
Os portáteis
O estudo revela, ainda, que há 1,3 smartphone por habitante, o que totaliza 272 milhões de celulares inteligentes em uso no Brasil. Ao adicionarem-se os notebooks e os tablets, são 460 milhões de dispositivos portáteis, ou 2,2 por habitante. No Brasil, atualmente, são 2,2 celulares para um aparelho de TV vendidos. Sobre computadores, o País registra 230 milhões (desktop, notebook e tablet) em uso, média de 1,1 computador por habitante (108% per capita). As vendas desses aparelhos, no ano passado, cresceram 5%, com 12,6 milhões de unidades. Estima-se a venda total com crescimento ainda maior em 2025, com aumento na proporção de notebooks.
E, pela primeira vez, a pesquisa quantificou a participação dos programas de Inteligência Artificial Generativa: Microsoft Copilot lidera com 40%; ChatGPT da OpenAI 32%; e Google Gemini 20%. Esses programas são utilizados para Chatbot, Machine Learning e Reconhecimento Biométrico (digital, facial, palmar, entre outros). Chamou atenção o baixo uso de Inteligência Artificial nas empresas: embora 80% declararam utilizá-la, 75% delas usam muito pouco. Pode-se comprovar que, quanto mais informatizada a empresa, maior é o valor desse índice. Nos últimos 36 anos, ele cresceu 6% ao ano, passando de 1,3% em 1988 para 10% em 2024. Mesmo assim, existe muito espaço para crescer e chegar aos níveis dos países mais desenvolvidos. A tendência é ultrapassar 11% nos próximos dois a três anos. Na última década, os gastos e investimentos em TI nos bancos dobraram. A expectativa é que esse crescimento continue e chegue a, aproximadamente, 56 bilhões de reais até 2026/27. (Com agências).
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