Estratégias e monetização
Os pesquisadores identificaram 137 canais explicitamente misóginos que, juntos, publicaram mais de 105 mil vídeos. Além da monetização direta por meio da plataforma, criadores de conteúdo utilizam doações, crowdfunding e venda de produtos e serviços como e-books e cursos. Aproximadamente 80% desses canais recebem pagamentos do YouTube provenientes de anúncios.
Os vídeos analisados abordam discursos variados, desde o incentivo à manipulação psicológica de mulheres até a justificação de abusos. Conteúdos antifeministas representaram 62 milhões de visualizações, com estratégias que defendem o controle feminino e a limitação de sua atuação social.
A necessidade de regulamentação
Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a pesquisa reforça a urgência de regulamentar redes sociais. “Precisamos regular o discurso de ódio, disputar os conteúdos nas plataformas e cobrar posicionamento das empresas”, afirmou.
O YouTube informou que conteúdos com discurso de ódio são proibidos e removidos quando identificados. A plataforma alegou não ter sido contatada pelo NetLab e reforçou a atuação de suas políticas de moderação.
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