Conceituar Inteligência Artificial é complexo, até porque o simples fato de definir inteligência seja também, algo não muito bem compreendido e muita das vezes algo relativo. Apesar das inúmeras definições existentes, faço parte do grupo que concorda com essa complexidade e ouso a acrescentar que a tarefa mais árdua não é defini-la, mas principalmente mensurá-la. Entretanto, a inteligência ou o comportamento inteligente é facilmente reconhecível, como por exemplo, ao julgarmos o quão facilmente uma nova técnica ou habilidade é aprendida, em um curto espaço de tempo.
Prefiro a simplicidade da definição de Inteligência Artificial ou I.A. como uma mera busca em criar softwares, máquinas e até mesmo robôs que têm como objetivo principal a simulação da capacidade de pensamento e comportamentos humano. Em outras palavras, I.A. é um conjunto de algoritmos que são constantemente melhorados por intermédio da utilização de monstruosos volumes de dados e então, utilizados para predizer padrões, tendências e resultados específicos, levando em consideração uma ou inúmeras variáveis.
A partir do momento que temos à nossa disposição algoritmos aptos a solucionar problemas específicos, a adoção dos mesmos em nossas organizações passa a ser cada vez mais frequente e indispensáveis aos negócios.
Embora a grande maioria das pessoas enxergue a Inteligência Artificial como a emblemática substituição dos humanos por robôs com características super-humanas, estamos pelo menos há algumas décadas distantes desta realidade. Por outro lado, a atual verdade é que milhares de especialistas já expressam medo em serem substituídos por tal Inteligência.
Enxergo a adoção da I.A. pelas organizações que já buscam colher os frutos mais acessíveis, da mesma forma que um trainee é incorporado à uma organização.
Inicialmente, o supervisor ou gerente delega tarefas não essenciais, menos críticas e, conforme a curva de aprendizado mostra-se eficiente, baseada no desempenho e alcance dos resultados, mais tarefas e responsabilidades são delegadas ao aprendiz. Esse modo de operação permite que o novato aprenda novas habilidades, enquanto dá maiores condições ao restante do time para desempenhar atividades mais críticas e relevantes.
Avançando um pouco mais nesse organograma, já temos também a utilização de IA como ferramenta de monitoramento em tempo real. Nesse caso, os algoritmos podem ser treinados para prever com exatidão a decisão mais adequado para uma determinada situação. Gerentes de portfólios de investimentos já levam em consideração a I.A. ao tomar decisão de comprar ou vender um determinado ativo.
Até a presenta data, a sugestão mais avançada do emprego de I.A. seria no desenvolvimento de uma rede composta por humanos e máquinas inteligentes, aplicando suas respectivas expertises para solucionar um determinado problema. Embora a tecnologia para criar esse tipo de inteligência coletiva já exista, acredito que não devamos nos preocupar se o próximo CEO será um algoritmo, mas sim em responder, preferencialmente de forma rápida, se passaremos a confiar mais nos algoritmos do que em outros seres humanos.