A menos de um mês para a eleição dos futuros prefeitos e vereadores nos mais de cinco mil municípios brasileiros, a pergunta que não quer calar é: “Já sabe em quem vai votar?”. E a resposta que mais se vê, e ouve, é: “Ainda não”. Esta é uma grande realidade em termos de Brasil. Em geral, os eleitores somente se dão conta da importância do voto, dias, talvez horas, antes de irem às urnas eleitorais Muitos deles ignoram as campanhas, não tomam conhecimento das propostas, não se identificam com qualquer candidato. Votam no primeiro que aparece. E, esse tipo de escolha, nem sempre, é positivo. Muitos de nós eleitores, ajudamos a colocar no poder, pessoas que não estão preparadas para exercê-lo.
Há candidatos, aproveitadores que vivem de eleição em eleição. Ficam na espreita do início do calendário eleitoral, procuram um partido (qualquer partido) se filiam e conseguem emplacar suas candidaturas. Os que por ventura se elegem, claro, são escolhidos pela vontade soberana do povo. Os que chegam perto, capitalizam prestígio e status político/eleitoral para conseguirem espaço nos empregos públicos e coisas semelhantes. Outros já vão se preparando para as próximas eleições. Mas, repetindo, a culpa é do eleitor que, em muitos casos, não faz a escolha correta. Existem bons candidatos, sim. Existem bons políticos, sim. Gente honesta, gente compromissada e comprometida com a comunidade. E, mesmo não sendo possível saber-se, com certeza, que tal candidato é bom e que tal candidato não é bom, existem alguns princípios que podem nortear o eleitor para que não erre ao votar, ou que pelo menos, erre menos. Basta um pequeno exercício de memória e uma pequena dose de bom senso.
Se vamos eleger nosso prefeito, aquele que governará nossa cidade nos próximos anos, se daremos a ele uma procuração em branco para que nos represente, nada mais justo, então, sabermos para quem estaremos conferindo tal procuração. O mesmo se aplica aos candidatos a vereador. Qual é a origem do candidato? Que tipo de serviço ele já prestou à coletividade? Quais são seus objetivos fundamentais? O que ele conhece da Lei Orgânica do Município? O que ele sabe da cidade pela qual se propõe ser governante, ou legislador. Sabe a história da Cidade, conhece as famílias, os vultos históricos? Já andou pelos bairros, já conversou com os trabalhadores, com os empresários?
O que não podemos é repetir os erros do passado, quando votamos em pessoas pelo simples fato de elas nos pedirem o voto; pelo simples fato de elas morarem no nosso bairro; pelo simples fato de elas serem conhecidas de nossa família; pelo simples fato de elas serem engraçadas, desbocadas, serem da nossa mesma fé religiosa, torcedoras de nosso time de coração; pelo simples fato de elas não concederem algum mimo, como dez litros de gasolina, ou, um botijão de gás, embora isto seja proibido por lei. Devemos ter a consciência de que nosso voto é muito importante, tem muito valor. Dele depende o futuro de nossa cidade, de nosso estado e de nosso País.