O Consórcio Intermunicipal da Área de Proteção Ambiental – APA do João Leite, formado por Anápolis, Campo Limpo, Goianápolis, Goiânia Nerópolis, Ouro Verde e Terezópolis – municípios goianos abrangidos pela bacia hidrográfica do Ribeirão João Leite -, planeja ações para transformar a região em exemplo de desenvolvimento sustentável para o País.
No início dessa semana (03/11), prefeitos, secretários, produtores rurais, consultores e dirigentes do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae em Goiás) se reuniram na Unidade Agroecológica Santa Branca, onde fizeram uma avaliação dos trabalhos já desenvolvidos e traçaram novas metas em comum. Entre elas está a entrega para o governo do Estado de um projeto que prevê a preservação do meio ambiente de forma sustentável, visando a proteção dos recursos hídricos da bacia hidrográfica do João Leite, o uso compatível do solo com sua preservação, a proteção dos remanescentes do bioma Cerrado, a melhoria da qualidade de vida da população local, por meio de orientação e do disciplinamento das atividades econômicas, a disciplina do turismo ecológico e o fomento da educação ambiental.
O Ribeirão João Leite é um dos principais afluentes do Rio Meia Ponte, um dos componentes da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba. Nele está sendo construída a Barragem do Ribeirão João Leite, obra projetada para garantir o abastecimento de água à população da Grande Goiânia, estimada em 1,5 milhão de pessoas. A APA do João Leite foi criada pelo Decreto Estadual nº 5.704/2002 e delimitada pelo Decreto Estadual nº 5.845/2003.
Para João Bosco Umbelino dos Santos, superintendente do Sebrae em Goiás, a atuação da entidade foi estimulada pelo contexto socioeconômico que representa o projeto, que pratica o desenvolvimento sustentável em todas as suas vertentes. Além do mais, explica, o foco em resultados e a atuação em parceria são dois precedentes dos quais o Sebrae não abre mão para chancelar a sua participação.
Cooperação
Além dos sete municípios integrantes do consórcio, a APA do João Leite contará com recursos, físicos e financeiros, de uma série de vinte instituições, entre elas o Sebrae em Goiás. Emiliano Godói, consultor do Sebrae, acredita em resultados positivos da ação, como a obtenção de parte da compensação ambiental pela construção da Ferrovia Norte-Sul, o desenvolvimento de ações de uso racional de água, o uso racional de defensivos agrícolas, o levantamento dos destinos turísticos da região, a certificação de produtos orgânicos, o estabelecimento de corredores ecológicos, o aproveitamento sustentável de frutos do Cerrado, a difusão de técnicas de ‘Produção Mais Limpa‘, a formação de mestres-de-obra em técnicas de construções sustentáveis, a implantação e consolidação dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente, a elaboração de políticas públicas municipais e a capacitação de operadores para manutenção de estradas rurais. (Agência Sebrae)
