A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão temporária do médico ginecologista Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, localizado em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Vieira participou de uma audiência de custódia na terça-feira, 15 de outubro.
Além de Walter Vieira, outras três pessoas estão detidas em conexão com o caso. Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório, e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária da empresa, também foram presos, mas ainda não passaram por audiência de custódia.
Na quarta-feira, 16 de outubro, a Polícia Civil prendeu Cleber de Oliveira dos Santos, técnico de laboratório e último foragido, cumprindo assim todos os mandados de prisão expedidos na operação iniciada na segunda-feira, 14 de outubro.
Leia também: Haverá horário de verão em 2024? Saiba o que foi definido pelo governo
Impacto e Repercussões
A investigação revelou que o laboratório emitiu laudos incorretos para dois doadores, indicando falsamente que eram negativos para HIV. Como resultado, seis pacientes que receberam os órgãos transplantados foram infectados pelo vírus.
O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) emitiu uma nota esclarecendo que o laboratório não possui registro junto ao conselho e que não tinha farmacêuticos registrados.
A técnica de laboratório envolvida, Jacqueline Iris Bacellar de Assis, possui inscrição ativa no CRF-RJ. O conselho iniciou procedimentos internos para apurar possíveis transgressões às normas sanitárias e éticas, que podem levar à cassação definitiva do registro profissional. (Por Vander Lúcio Barbosa – @vanderlucio.jornalista)