Experiência que deu certo em algumas cidades brasileiras, como Balneário Camboriú, Brasília e outras, a instalação do equipamento chamado, popularmente, de “papa-lixo” pode ser a solução para o controle da produção de resíduos sólidos (lixo urbano) em cidades de médio e grande portes. Quem sabe, Anápolis, que tem a fama de município pioneiro em diferentes projetos, venha a adotar tal sistema? O “papa-lixo” é um contêiner, geralmente cilíndrico, semienterrado, com capacidade para, até, cinco metros cúbicos e que possibilita o acondicionamento dos resíduos de forma segura e limpa, o que evita o descarte irregular pela população e, a proliferação de vetores. Deve ser utilizado para receber resíduos orgânicos e indiferenciados, ou, coleta convencional. Esse material é depositado ao longo do dia e, no final do expediente, o caminhão coletor faz o recolhimento de forma prática e rápida, sem provocar, por exemplo, congestionamentos no trânsito.
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O grau de saturação do sistema de varrição de ruas, praças e avenidas, como também, a consequente coleta do material inservível, aponta para a falência desse modelo de limpeza pública. É sabido que os governos em geral (em Anápolis não tem sido diferente) dispendem elevadas somas com a contratação de empresas especializadas no recolhimento e no tratamento dos resíduos sólidos. Mas, na maioria das vezes, essa atividade tem sido em vão. As ruas, geralmente varridas e, até, lavadas, no período noturno, amanhecem limpas e asseadas. Entretanto, passadas algumas horas da abertura para o movimento comercial, elas se tornam irreconhecíveis, devido ao descarte irregular, irresponsável e, em certos casos, criminoso, de toda sorte de impurezas urbanas.
Assim sendo, com os contêineres semienterrados, vislumbra-se a possibilidade da redução desse incômodo descarte, o que facilitaria a vida de toda a comunidade. O trabalho diminuiria e os resultados seriam bem mais práticos e objetivos. O certo é que, da forma que está, vai-se perder o controle (se já não se perdeu) da situação em curto espaço de tempo. As cidades correm o risco de se tornarem, cada vez mais, poluídas pela ação de seus próprios munícipes. Quem sabe o “papa-lixo” não possa minorar este angustiante problema que tira o sono de muitos administradores no Brasil inteiro?
As antiquadas lixeiras, que substituíram as velhas latas de lixo, somando-se ao advento dos sacos plásticos, já cumpriram seu ciclo. Além de causarem desconforto na paisagem urbana das cidades, eles permitem a exalação de mau-cheio, a atração de insetos de todos os tipos, se tornam criatórios de roedores e animais peçonhentos, assim como uma série de outros inconvenientes. O “papa-lixo” impede tudo isso. Se a Prefeitura de Anápolis, ainda, não atentou para esta modernidade, que tal fazer uma sondagem, uma pesquisa sobre sua praticidade. Se for interessante, por que não implantar este sistema por aqui?