Têm aumentado, consideravelmente, os casos de violência contra idosos em Anápolis. Não há um comparativo com outras cidades, mas, os registros policiais são preocupantes, pois se trata de um crime brutal, inexplicável e inaceitável.
À luz do direito, da psicologia e da sociologia (psiquiatria, também) não há motivo plausível que justifique esse tipo de maldade que se pratica contra a pessoa idosa. E, o pior de tudo, de acordo com as anotações oficiais, a autoria desses delitos, geralmente, vem de pessoas ligadas às vítimas.
Como é que uma mãe que carregou o filho no ventre durante nove meses, dele cuidou, educou, alimentou, tratou e o encaminhou para vida, pode ser agredida por este mesmo filho (ou filha)? E, o pai que lutou bravamente para manter o lar, protegeu, guardou, assistiu e prestigiou o filho, ou, a filha e, igualmente, sofreu ofensas, agressões e, em determinados casos, paga com a vida, assassinado que é pela ingratidão de quem deveria cuidar dele na velhice?
A Delegacia de Proteção ao Idoso, em Anápolis, está abarrotada de queixas, reclamações, denúncias, inquéritos e outras demandas de casos assim. Os policiais trabalham incansavelmente, mas os casos se multiplicam. A crueldade com homens e mulheres frágeis, adoentados, cansados e desiludidos é de cortar o coração. Alguma coisa a mais precisa ser feita por eles.