A mercantilização do ensino superior, em especial por meio de cursos de ensino à distância (EaD), tem gerado preocupações sobre a qualidade da formação acadêmica.
Esse fenômeno, cada vez mais presente na área da saúde, levanta questões sobre a missão essencial da Rede de Ensino e sua função social.
A expansão descontrolada de cursos de EaD na área da saúde é particularmente problemática.
Considerando a importância desses cursos, que lidam diretamente com a vida e o bem-estar das pessoas, é crucial assegurar uma formação de qualidade, com sólidos fundamentos teóricos e práticas clínicas adequadas.
No entanto, a proliferação indiscriminada dos EaD’s levanta dúvidas sobre a capacidade das instituições de oferecerem uma formação eficaz.
A educação presencial desempenha um papel fundamental na construção dos futuros profissionais.
O contato direto com professores e colegas possibilita a troca de experiências, discussões enriquecedoras e práticas laboratoriais, contribuindo para o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades essenciais.
Diante desse contexto, é imprescindível que as autoridades educacionais estejam atentas aos desafios trazidos pelo ensino à distância na área da saúde.
É necessário estabelecer regulamentações e critérios rigorosos para garantir a qualidade dos cursos oferecidos, independentemente da modalidade.
Precisa-se buscar um equilíbrio entre as demandas do mercado e a necessidade de preservar a educação superior como um instrumento de transformação e desenvolvimento social.
Por fim, não se pode permitir que apenas o foco no ganho financeiro, comprometa a missão central do ensino superior: oferecer uma educação de qualidade, acessível e alinhada às demandas da sociedade.