Embora tenha ocorrido fora do colégio, a briga que ceifou a vida de Nicollas Lima Serafim, de 14 anos, leva a um chamado para reflexão da sociedade
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Tudo começou numa live entre estudantes para um jogo pela internet. Naquilo que deveria ser uma diversão, passou a uma discussão e essa discussão acabou em uma briga combinada na saída da escola.
Essa briga acabou tomando grande proporção. A mãe e o irmão de um dos envolvidos teriam engrossado o cenário da violência. O desfecho foi uma tragédia: a morte de Nicollas Lima Serafim, de 14 anos, estudante do Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza.
Esse fato aconteceu na última terça-feira, 20/02, próximo ao colégio, localizado no setor Calixtópolis, na região Sul de Anápolis.
Nicollas faleceu devido ao golpe de faca desferido por um adolescente de 15 anos, A mãe de 43 anos e o irmão mais velho do autor, de 20 anos, foram levados para a Central de Flagrantes.
A tragédia só não ganhou proporções maiores, devido a rápida intervenção da polícia, que chegou rapidamente no local para dispersar a briga generalizada e tomar, naquele momento, as providências que deveriam ser tomadas.
Outros dois adolescentes, de 12 e 15 anos, tiveram ferimentos.
O ocorrido ganhou rapidamente as redes sociais e foi também notícia em vários veículos de comunicação do país.
A Câmara Municipal aprovou por unanimidade, uma Moção de Pesar pela morte do adolescente.
O fato faz relembrar uma série de outras tragédias ocorridas no Brasil, envolvendo jogos on line, como o jogo da “baleia-azul”, que incitava jovens a incorrerem em riscos até letais.
Traz também à tona, os casos que têm ocorrido de forma recorrente em todo o país, de ataque às escolas.
No ano passado, pelo menos nove ataques foram registrados com maior gravidade. Um deles ocorreu em abril, na creche Cantinho Bom Pastor, na Rua dos Caçadores, em Blumenau (SC). Um homem de 25 anos invadiu o local e deixou para trás um rastro de dor: quatro crianças mortas- três meninos e uma menina- com idade entre 4 a 7 anos.
Movimento
A Cruzada pela Dignidade, ONG que é presidida pelo juiz da Infância e Juventude, Carlos Limongi Sterse, tem levantado essa bandeira da Paz nas Escolas. Esse, inclusive, foi o lema da caminhada do movimento “Eu sou do bem, eu sou de Deus”, que levou milhares de pessoas às ruas da cidade.
Na próxima semana, inclusive, a Cruzada reunirá diversos segmentos organizados da sociedade Anapolina, para lançar novas iniciativas.
Importante ressaltar que a precoce e triste partida de Nicollas não seja vista apenas do ponto de vista da estatística dos crimes envolvendo estudantes e jogos on line e violência no ambiente escolar e fora dele (como foi neste caso).
Importante que a Justiça seja alcançada para punir os culpados e que o fato, seja uma luz para que a sociedade possa refletir sobre esse tipo de acontecimento, buscando caminhos para que outras tragédias como essa possa não se repetir.
