Órgão deu prazo de dez dias para que a agência reguladora dê uma resposta sobre as acusações
O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás deu prazo de dez dias para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) expliquem a falta de pelo menos 20% de doses de vacina enviada a municípios goianos. A medida foi determinada pelo procurador Ailton Benedito.
A representação foi feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB) que solicitou ação civil pública para investigar a reclamação de municípios, entre eles Goiânia e Aparecida, que teriam recebido menor número de doses do que especificado nos frascos. Outros 15 estados relataram situações parecidas.
Em meados de abril, o Butantan atribuiu o problema ao preparo das equipes que fazem a aplicação do imunizante e eventual desperdício.
O instituto afirmou ter investigado as notificações e constatado que todas envolvem prática incorreta “na extração das doses nos serviços de vacinação”. As ampolas têm 5,7 ml, volume suficiente para 10 aplicações prometidas, segundo o levantamento do Butantan.
“Esperamos que a investigação, tanto das doses a menos quanto de possíveis crimes na oferta da vacina a municípios, seja levada até o fim. Não se brinca com vidas. Estamos no pior momento da pandemia no nosso país, vemos cidades precisando parar a aplicação da primeira dose por falta de vacina. É preciso esclarecer o que está acontecendo e responsabilizar quem estiver envolvido nisso”, destaca Vaz.