Recentemente, a cepa clade 1b do vírus da mpox tem causado preocupação em vários países africanos. Esta variante mostrou-se mais letal em comparação com as cepas anteriores, mas, até o momento, não se espalhou globalmente. Especialistas continuam monitorando a situação para entender melhor o comportamento e a disseminação deste novo tipo de vírus.
O Que é a Mpox?
A mpox é uma infecção viral que pode ser transmitida entre pessoas, predominantemente por contato próximo. Além disso, o vírus pode ser transmitido ocasionalmente por meio de superfícies e objetos que foram tocados por uma pessoa infectada. Em áreas onde o vírus da varíola dos macacos está presente entre animais selvagens, a transmissão pode ocorrer de animais para humanos que tiveram contato com esses animais infectados.
Situação atual no Brasil
No Brasil, desde o início de 2024, foram notificados 709 casos de mpox, sem registros de mortes, conforme informações do Ministério da Saúde. O último óbito associado à doença ocorreu em abril de 2023. O estado de São Paulo concentra a maioria dos casos, com 315 confirmações entre janeiro e julho deste ano.
Sintomas e diagnóstico da Mpox
A mpox pode apresentar uma variedade de sintomas. Em alguns casos, os sintomas são leves, mas em outros, a infecção pode se tornar grave e exigir cuidados médicos. Os sintomas típicos incluem uma erupção cutânea que pode durar de 2 a 4 semanas, acompanhada por febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, cansaço e linfonodos inchados. As erupções podem aparecer no rosto, palmas das mãos, solas dos pés, virilha, áreas genital e anal, e, ocasionalmente, em áreas internas como a boca, garganta, ânus, reto ou vagina.
O número de lesões pode variar significativamente, desde uma única ferida até milhares. Em alguns casos, a inflamação do reto (proctite) ou dos órgãos genitais pode causar dor intensa e dificuldades urinárias. Na maioria dos casos, a doença melhora sozinha com cuidados de suporte, mas pode levar a complicações graves ou até mesmo à morte, especialmente em grupos vulneráveis como recém-nascidos, crianças, gestantes e pessoas com imunossupressão, como aquelas com HIV avançado.
Transmissão e precauções
A transmissão da mpox ocorre principalmente por contato próximo, como toque ou relações sexuais, e também pode se dar por contato cara a cara, onde partículas respiratórias infecciosas podem ser trocadas. Durante o surto global que começou em 2022, a transmissão ocorreu majoritariamente por meio de contato sexual.
Pessoas infectadas permanecem contagiosas até que todas as lesões sequem e formem crostas, e uma nova camada de pele se forme por baixo, processo que pode levar de 2 a 4 semanas. O vírus também pode persistir em roupas, roupas de cama, toalhas e superfícies tocadas por uma pessoa infectada. Para prevenir a transmissão, é importante limpar e desinfetar essas superfícies e objetos e lavar as mãos regularmente, especialmente após tocar em itens que possam estar contaminados.
Além disso, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez para o feto, ou por contato próximo entre pais infectados e seus bebês ou crianças.
Embora a mpox não tenha causado mortes recentes no Brasil, a vigilância contínua e a conscientização sobre a doença são essenciais. Compreender os sintomas, as formas de transmissão e as medidas preventivas pode ajudar a controlar a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.
Com informações de BBC News e O Globo.
