Os indicadores de crimes contra a mulher ainda estão no radar das preocupações das autoridades de segurança pública e da população de uma maneira em geral.
E a preocupação é recorrente, porque apesar dos esforços empreendidos, temos ainda aumentos nesse nicho de indicador criminal.
O olhar sobre os números, as estatísticas, é importante para que possamos ter uma realidade do que acontece. Mas, por trás dos números frios, temos mulheres sendo mortas, agredidas física, moralmente e de outras formas.
Seria utópico acreditar que a violência contra a mulher terá fim. Mas ela pode ser amenizada.
E, diga-se de passagem, já subimos alguns degraus na escalada dessa luta histórica, com a criação das delegacias da Mulher, com as patrulhas Maria da Penha e a própria lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, intitulada “Lei Maria da Penha”, que acabou de completar 26 anos de vigência.
Além disso, temos também dentro desse contexto, a análise que nos últimos anos, o número de casos de violência contra a mulher aumentou porque ela está mais encorajada a denunciar. Assim, tabus vão sendo derrotados.
Mas, essa caminhada é longa e temos ainda muito a avançar para que tenhamos um cenário melhor nessa questão, que é da mais alta relevância para a sociedade.
E esse avanço tem um caminho e esse caminho tem um nome: educação. Somente com ela, a educação, poderemos avançar mais, quebrar mais barreira, conscientizar as pessoas que a violência contra a mulher é um crime e, como tal, merece a devida punição ao agressor ou agressores.
A educação é também fator de encurtamento das desigualdades sociais e este é um cenário também a ser visto, embora a violência doméstica esteja presente em todos os estrados sociais. Mas, certamente, é o melhor caminho.