Os números da Companhia de Trânsito apontam que os condutores estão mais conscientes quanto a sinalização
A Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) acaba de divulgar uma queda de 30% no número de infrações registradas dentro do perímetro urbano, se comparado o resultado de setembro com o de fevereiro desse ano. São dados extraídos dos radares eletrônicos espalhados pela cidade.
O índice foi analisado pelo Diretor de Trânsito, Transporte e Educação, o engenheiro de tráfego Igor Siqueira. Segundo ele, a redução leva em conta o registrado pelos novos aparelhos instalados em agosto. “Se fossemos analisar apenas os equipamentos que começaram a funcionar no início do ano, essa diferença seria ainda maior”, relata ele.
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Para Igor, a verdadeira função da fiscalização eletrônica é educativa. “Por isso, verificamos que a medida foi acertada e os radares estão cumprindo seu papel”, afirma. O engenheiro explica que existe uma curva, já prevista por estudos, em que a queda no volume de multas chega a 70% ao final de um ano de funcionamento.
“As pessoas se habituam com a localização das barreiras e passam a reduzir a velocidade nos lugares onde elas estão e, num segundo momento, passam a dirigir mais devagar de uma maneira geral dentro da cidade”, descreve o especialista.
Novos radares
Como ele mesmo avaliou, essa queda é, na verdade, superior a 30%, uma vez que foram somadas as infrações cometidas nos locais onde os radares foram instalados mais recentemente. É o caso das avenidas Universitária, na região Norte e Engenheiro Geraldo de Pina, que dá acesso ao viaduto Ayrton Senna, na região Leste. Ao longo delas, estão funcionando, desde agosto, barreiras com limite de 40 km/h.
“Mesmo com um trabalho educativo, antes que a fiscalização se torne efetiva, leva um tempo até que os motoristas se acostumem com a velocidade no local. Por isso, é natural que o número de infrações seja relativamente alto. Mas, a tendência é de que a queda no volume de multas seja semelhante à previsão do estudo e à registrada nos aparelhos mais antigos”, prevê Igor.
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Sobre acidentes graves ou fatais, o engenheiro afirmou que a queda também foi significativa. Ele cita como exemplo a Avenida Brasil, palco de acontecimentos chocantes nos anos de 2019 e 2020, quando diversas colisões feriram e mataram pessoas. “Este ano não tivemos nenhuma ocorrência grave na mais importante via urbana da cidade”, resumiu. Igor relata que atualmente são 100 sensores instalados, cobrindo 203 faixas. As penalidades variam de acordo com as infrações: leve (R$ 88,38 e 3 pontos); média (R$ 130,16 e 4 pontos); grave (R$ 195,23 e 5 pontos); e gravíssima (R$ 293,47 e 7 pontos).
Dirija devagar
A lista completa com os equipamentos instalados pode ser conferida no site da prefeitura. Os planos da CMTT são de seguir com a instalação conforme o acordado em contrato com a empresa responsável, chegando à um total de 370 faixas de monitoramento. Na sua maioria, os radares limitam a velocidade, nas avenidas de maior calibre, à 60 km/h, inclusive nos semáforos, onde também realizam o trabalho de fiscalizar as paradas sobre as faixas de pedestres e as passagens com sinal vermelho. Mas, onde existem áreas que exigem mais atenção, como zonas residenciais ou grandes instituições de ensino, esse valor diminui para 40 km/h. “Fica a dica para quem quer se juntar ao esforço da prefeitura em reduzir acidentes ou simplesmente não ter que desembolsar grandes quantias todo ano em multas. Dirija devagar”, resume Igor.