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´Não se constrói educação sem amor´

de Felipe Homsi
28 de agosto de 2015
em Educação
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Professora Sonja Maria Lacerda

Professora Sonja Maria Lacerda

Este é o segundo mandato da senhora à frente da subsecretária regional de Educação?

 

Professora Sonja: Isto. Eu fui reconduzida à função, o que aumentou esta demanda, devido à Secretaria de Estado de Educação ser SEDUC, que é Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte. E como nós somos subsecretaria, trabalhamos na mesma vertente. Entrei no mandato da professora Gabriela Campos de Souza que, por motivos particulares, deixou a Subsecretaria, indicou meu nome, eu fiquei dois anos. Agora, estou reiniciando com esta recondução ao cargo.

 

A senhora poderia fazer um diagnóstico da Regional?

 

Nós temos 42.131 alunos. Dados de hoje. Este dado tem uma variação muito grande. Alunos mudam de cidade, transferem-se de município, etc. Temos 3.478 servidores, sendo 2.426 professores e 1.052 administrativos. Atendemos a Anápolis e a mais 11 municípios. São 83 escolas estaduais e dois CECONJS, perfazendo um total de 85 unidades (ao todo, são 85 diretores e mais de 300 coordenadores pedagógicos atuando nestas unidades. Os CECONJS são Centros de Convivência Juvenil, chamadas ‘escolas abertas’, de tempo integral, funcionando inclusive aos finais de semana, com atendimento a alunos da Rede Estadual de Ensino e comunidades. Oferecem oficinas de acompanhamento pedagógico; música; dança; arte; bordado; tricô e culinária, dentre outros. A Regional Anápolis da Secretaria de Estado da Educação possui duas unidades, uma em Petrolina e outra em Nerópolis).

 

Vamos agora falar do trabalho desempenhado na sua gestão. Qual tem sido o foco e o que a senhora, também, continuou da outra gestão?

 

Professora Sonja: É a Secretaria de Estado de Educação que direciona o nosso trabalho. Trabalhamos com todos os programas e projetos, lembrando que, quando esse projeto chega à Subsecretaria, nós colocamos uma gama enorme de motivação e, até, de ajustes mesmo, porque trabalhamos aqui com o cenário muito amplo: temos escola com dois mil aluno e escola com menos de 30 alunos. Então, colocamos o nosso fazer nesses projetos, nossa face mesmo nesses projetos. Como recompensa, nossa regional teve um dos melhores desempenhos do Estado de Goiás, resultado do último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Das quarenta regionais, ficamos entre as primeiras colocadas. Portanto, acredito que esse desempenho acadêmico tenha acontecido por trabalho mesmo, acompanhamento sistemático dos tutores pedagógicos dentro da escola, os técnicos educacionais e do professor e gestor da escola com um comprometimento muito grande com a educação.

 

A senhora poderia citar aquele projeto que, talvez, tenha sido o de maior entusiasmo, para o qual vocês mais se dedicaram dentro desta proposta?

 

Professora Sonja: Posso citar vários. Nós trabalhamos com o projeto-aprendizagem, que vai do 1º; ao 5º;, do 6º; ao 9º;. Ele é focado no desempenho acadêmico do aluno e é de suma importância. Tivemos, também, o projeto Escola de Tempo Integral de Ensino Médio, um projeto novo, que começou em 2012. E nós tivemos agora no resultado do Enem, a nossa escola em Anápolis em 1º; lugar geral do Estado, no ensino médio tempo integral. Nós trabalhamos também aqui o Projeto: “Tosco. O Tosco”, que trabalha esta questão do uso de drogas com o jovem. Temos, ainda, o Programa Mais Educação, em parceria com o Governo Federal, que visa aperfeiçoar o acompanhamento pedagógico. Ele trabalha com oficinas de esporte, xadrez, natação e artes. Também o projeto Bandeira da Paz, que vai para as unidades educacionais com o objetivo de incentivar a cultura da paz na escola. Temos ainda o Projeto Agrinho, em parceria com a iniciativa privada, com o agronegócio. Ele trabalha, exatamente, na vertente das questões de meio ambiente. Os professores se envolvem com esse trabalho pensando nas questões ambientais. Trabalhamos com a Olimpíada de Língua Portuguesa e Matemática, além do JEPP, que é o projeto Jovens Empreendedores, onde se ensina o aluno a trabalhar com a questão de compra, venda e empreendedorismo. O Programa de Olho na Visão, em parceria com a Saúde, traz óculos para todos os alunos que estão com deficiência visual. Nós temos o projeto ETI, que é diferente da Escola de Tempo Integral de Ensino Médio. Este é de tempo integral do ensino fundamental, do 5º; ao 9º; ano, onde o aluno passa o período todo dentro da escola, onde se trabalham não só as atividades acadêmicas, mas as atividades de oficinas de arte; dança, música e natação. Cito, ainda, o Projeto Força no Esporte, com a Base Aérea; a Campanha ‘Para Você, Eu e Todo Mundo’, com UFG, UEG e IFG, para disponibilizar informações a alunos do ensino médio interessados em estudar nas universidades públicas do Estado; o Projeto Crescer Juntos I e II; ações de formação continuada de tutores educacionais e coordenadores; parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás, que oferece bolsas de estudos a alunos goianos; parceria com a ONG Makanudos (que ministram palestras sobre drogas, sexualidade e trabalho para jovens que vivem em áreas de vulnerabilidade social), dentre muitas outras iniciativas.

 

 

As pessoas atribuem às escolas estaduais a falta de qualidade. Só que, pelo que a senhora tem falado, tem muita coisa ‘escondida’. O que pode ser feito para mudar este quadro?

 

Professora Sonja: Acredito que isso pode ocorrer por falta de informação. A escola pública, hoje, tem um desempenho acadêmico muito satisfatório. Temos escolas que estão, em nível de resultados de avaliação externa de ENEM, entre as primeiras colocadas no Estado de Goiás. No momento em que a comunidade observar e conhecer, de fato, o trabalho realizado nessas escolas, esse cenário, com certeza, vai se modificar. Na regional de Anápolis há 51 unidades em que o desempenho é satisfatório. A Escola Pública tem dado um salto significativo nestes últimos anos. Temos muito o que crescer ainda, até porque aprendemos, aprendemos e nada sabemos. Mas nós temos trabalhado para que esta escola tenha sido de qualidade para os nossos alunos.

 

Pelo que diz, a senhora parece acreditar na Escola Pública.

Professora Sonja: Eu acredito cem por cento. 30 anos de Educação; e acredito de fato. Faço – eu acho que vou utilizar até a frase de Jesus. Ele diz assim: “eu não vim para ser servido. Eu vim para servir”. E eu acho que nós, que ocupamos este cargo público neste momento, temos de agir dessa forma. É fazer e fazer com excelência. Tenho a certeza de que vamos chegar, ainda, como a melhor regional do Estado de Goiás. Estamos trabalhando para isso.

 

E como tem sido o trabalho para fazer os projetos no nível estadual chegarem à ponta, nas escolas?

 

Professora Sonja: Temos, hoje, dois profissionais que atuam diariamente dentro da escola. São os tutores pedagógicos e os técnicos escolares. E eles, de fato, levam esses projetos para serem executados na ponta. Fazemos, também, reuniões periódicas com os diretores das unidades. Como nós temos uma regional com uma diversidade muito grande, tanto nós, enquanto subsecretária, como o tutor pedagógico, como o tutor educacional, fazemos esse trabalho de levar esses projetos para dentro do chão da escola, para que eles sejam executados; e executados com qualidade.

 

Contexto: O que vocês têm recebido de retorno positivo dos alunos?

 

Professora Sonja: Há um contato muito íntimo com a escola, vamos dizer assim. E, quando você está dentro da escola, eles sentem confiança em você e começam a receber bem os projetos definidos pela Subsecretaria. Existe, hoje, um número muito grande de ex-alunos da Rede Estadual que estão nas melhores universidades do Brasil. E, inclusive, por último, agora, nós tivemos um aluno do Sistema Prisional que passou no vestibular para Agronomia.

 

O que a subsecretaria tem para conquistar ainda? Quais são as metas?

 

Professora Sonja: Nós nunca estamos prontos. Temos muito a caminhar. E, só vamos atingir as nossas metas se conseguirmos continuar direcionando, orientando as escolas. Essas metas são que os nossos alunos, tanto de ensino fundamental, quanto de ensino médio, permaneçam na escola recebendo uma educação de qualidade. É para isso que trabalhamos diariamente. Porque não adianta você ter uma escola de qualidade se nós tivermos muita evasão.

 

Além da parte pedagógica, também, a parte física das escolas foi restruturada. O que teria sido feito neste sentido?

 

Professora Sonja: O Governo de Goiás nos dá um incentivo muito grande, investe maciçamente tanto na reforma quanto na construção de quadras esportivas e poliesportivas. Edificamos, neste último ano, só em Anápolis, mais de dez quadras de esporte. Algumas foram cobertas. E, mesmo a questão da reforma. Hoje, tem um projeto do Governo Estadual em que o dinheiro vem direto para a escola. E esse dinheiro é gasto onde há mais necessidade. Acredito que tenha sido um avanço significativo. Eu acredito que o Governo acertou dando esta credibilidade para a comunidade escolar aplicar o dinheiro onde char mais conveniente. (Ao todo, foram construídas 30 quadras de esporte, sendo 17 em Anápolis e 13 nos demais municípios da Regional).

 

 

O que a senhora percebe nas escolas, do envolvimento das famílias naquelas atividades que abordam questões que durante muito tempo foram tabus, mas que, agora, estão na ordem do dia nas salas de aula, como o caso das drogas?

 

Professora Sonja: Nós trabalhamos com várias parcerias. Sabemos que, hoje, várias famílias não fazem, mais, esse acompanhamento junto aos filhos. Hoje, o pai trabalha o dia todo, a mãe trabalha o dia todo. Então, existe uma quebra deste relacionamento de família. E nós temos trabalhado em parcerias com o Conselho Tutelar, com os Centros de Referência de Assistência Social, temos uma equipe multidisciplinar dentro da própria Secretaria, que faz este acompanhamento junto às escolas e às famílias. Esta equipe multiprofissional é composta por assistente social; psicólogos; fonoaudiólogos, dentre outros profissionais, para que seja feito o encaminhamento desses alunos que têm alguma dificuldade nesse sentido, tanto de droga, como de aprendizagem. A escola sozinha não consegue combater o problema da droga. Ele é muito maior do que imaginamos. Então, temos buscado parcerias em todos os segmentos da sociedade que podem nos ajudar, inclusive com a Polícia Militar e as universidades. Temos um programa também, do Governo Federal, do Ministério da Educação e Cultura, que trabalha com palestra nas escolas, tanto com a família, quanto com o jovem. E a nossa equipe multiprofissional faz este trabalho pontual. Nenhum trabalho da Subsecretaria nesse cenário mais amplo é feito sozinho. Sempre existe uma parceria.

 

Com base, é claro, no que a senhora falou, que acredita no ensino público: o que seria um incentivo, que a senhora daria para alunos, para pais, para professores, demais servidores?

 

Professora Sonja: Temos conversado com os diretores e com os professores. Nossa equipe está dentro da escola. E eu acredito que o primeiro ponto é: você tem que amar a educação e acreditar nela. Este é o primeiro ponto motivador. Não tem como ser diferente. A partir daí, é trabalhar, trabalhar. Precisamos estar intrinsecamente envolvidos com o processo educacional. Se estamos envolvidos, queremos fazer e fazer o melhor. Temos tido este resultado sim, porque as nossas escolas mostram um desempenho muito satisfatório. Acredito que, mesmo diante deste cenário nacional de crise, nossos professores amam o que fazem. Eu, às vezes, digo que professor, mesmo diante de todas as dificuldades, ele mesmo é o motivador da sua função. É ele, mesmo, que faz a coisa acontecer. Independentemente de qualquer fator externo, precisa ter essa vontade própria de fazer a diferença.

 

Uma mensagem para os pais, para as famílias.

Professora Sonja: Pais: acompanhem a vida escolar dos seus filhos. Não existe nada melhor que vocês possam deixar para eles do que o estudo. Vocês não precisam deixar herança. A melhor herança é ter os filhos com diploma de curso superior.

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