Os dados foram apurados e analisados pela Rede de Observatórios da Segurança
Mais de 2.400 casos de violência contra a mulher no Brasil foram registrados em 2022, incluindo quase 500 feminicídios, de acordo com a Rede de Observatórios da Segurança.
Para discutir formas de salvar vidas e acolher essas mulheres, está ocorrendo o 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira em Brasília, nos dias 17 e 18 de julho.
As Casas da Mulher Brasileira oferecem atendimento humanizado e integrado às mulheres vítimas de violência, disponibilizando serviços como acolhimento, triagem, apoio psicossocial, delegacia, acesso à Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública.
No encontro, são compartilhadas experiências sobre o trabalho realizado nas casas e são atualizadas as diretrizes e protocolos de atendimento.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou a importância de uma política nacional que garanta a vida das mulheres e a segurança no atendimento, evitando a existência de casas isoladas e desarticuladas.
Além disso, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou a necessidade de um acolhimento diferenciado, considerando a diversidade das mulheres indígenas, negras, periféricas, quilombolas e ribeirinhas.
Mais Casas da Mulher
O governo federal anunciou a construção de 40 novas Casas da Mulher em março, com quatro delas previstas para serem inauguradas em outubro na Bahia, nas cidades de Feira de Santana, Itabuna, Irecê e Salvador, com um investimento de R$ 47 milhões.
Na Paraíba, serão construídas mais duas unidades em João Pessoa e Patos, com investimentos de R$ 30 milhões. Além dessas, já estão em funcionamento sete unidades localizadas em Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, São Paulo, Boa Vista, São Luís e Ceilândia, no Distrito Federal.
OPINIÃO DO EDITOR
A violência contra as mulheres é uma questão grave e urgente no país, e o fortalecimento das Casas da Mulher Brasileira é uma iniciativa fundamental para oferecer suporte e proteção às vítimas. O encontro nacional busca aprimorar o atendimento, garantir a integração entre os serviços e promover a igualdade e a segurança para todas as mulheres brasileiras, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
Vander Lúcio Barbosa, com informações da Agência Brasil