Por Vander Lúcio Barbosa
No final de 2019, o número de brasileiros com 10 anos ou mais conectados à internet era de 143,5 milhões, o que representava 78,3% da população. Foi um processo evolutivo. Em 2016, 64,7% da população utilizavam a internet. No ano seguinte, 2017, a porcentagem subiu para 69,8%. Já em 2018, a marca chegou aos 74,7%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE. Isto posto, não há qualquer dúvida de que, bem revê, os nacionais chegarão bem próximo dos 100 por cento, ao se considerar que o acesso à rede mundial de computadores (Internet) está, cada vez mais, facilitado.
É um caminho sem volta. Significa, então que, quer queiramos, quer não, todos nós estamos ou, estaremos conectados com o mundo, seja pelo computador de mesa, seja pelo celular, tablete e pelos demais recursos ofertados à comunidade como um todo.
É a chamada “aldeia global”, com todo mundo se comunicando com todo mundo ao mesmo tempo. As facilidades são incontáveis. Com esta maravilha da tecnologia, podemos trabalhar, divertir, interagir, negociar, comprar, vender, fazer qualquer coisa.
A internet é uma das maiores invenções a humanidade, comparada ao automóvel; ao telefone; ao rádio; à televisão e a outros recursos que vieram para ficar, mesmo que tenham observado, ao longo dos anos, mudanças conjunturais. Não seria exagero dizer que, hoje em dia, é praticamente e impossível ao homem viver sem ela.
Na cidade, no campo, no mar e no ar. Assim sendo, trata-se de uma ferramenta indispensável ao homem moderno, ao desenvolvimento econômico e social e aos avanços sociais.
Mas, tem o lado negativo de tudo isso. A internet pode ser empregada, também (e tem sido assim ultimamente), para a desagregação de valores, para a criação de conflitos, para a prática de crimes, para suscitar desavenças em todos os sentidos e, principalmente, para afastar as pessoas das outras pessoas.
Uma pesquisa publicada recentemente nos Estados Unidos mostra que nós, os humanos em geral, temos dispendido mais tempo na Internet do que em qualquer outra atividade, seja familiar, seja profissional, seja social. E, isto, é um perigo. Dos grandes.
É certo que, no futuro, outras invenções, talvez mais eficazes, mais avançadas do que a Internet, vão surgir. A imaginação humana é inesgotável, é ilimitada. Mas, até que isto aconteça, seria bom que a gente se policiasse mais.
Que a gente desfrutasse das facilidades oferecidas por inventos como ela, para trabalharmos pela melhor qualidade de vida, por mais fraternidade por mais amor ao próximo, por mais cidadania.
Aí, sim, terá valido a pena. Do contrário, corremos o risco de entrarmos para a história da humanidade como uma geração marcada pelo egoísmo, pela insensibilidade e, acima de tudo, pelo desamor.
