Há uma semana, Pernambuco tem sido alvo de fortes chuvas que colapsaram cidades e vitimaram pessoas. Até o momento, só na região metropolitana de Recife, capital do estado, são 91 mortos e 26 desaparecidos. O número de desabrigados aumentou para cinco mil nesta segunda, dia 30. Nove municípios pernambucanos decretaram estado de emergência.
De acordo com a MetSul, o desastre é resultado de 700mm de chuvas acumuladas no mês, mais do que o dobro da média para o período. Os dados mostram que os volumes no mês de maio estão acima da média histórica. Conforme a empresa de meteorologia, o período crítico de chuva foi entre o fim da sexta-feira (27) e a manhã de sábado (28), quando vários bairros da Grande Recife registraram precipitações com acumulados extremos em curto período. “Em apenas doze horas, algumas estações reportaram 200mm a 250mm de precipitação”, informou o MetSul.
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A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) informou que as chuvas reduziram de volume, mas devem continuar com intensidade moderada até sexta-feira (3) no Grande Recife e na Zona da Mata. A Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) reforçou o alerta sobre o alto risco de deslizamentos, devido ao solo estar bastante encharcado.
Buscas não param
Nesta segunda, dia 30, as forças de segurança, Defesa Civil, Exército e órgãos municipais atuam em sete pontos de deslizamento no Grande Recife. Estão sendo empregados nessa operação: 198 bombeiros militares de Pernambuco, 11 bombeiros da Paraíba, 7 de Minas Gerais, 8 do Rio Grande do Norte, 8 policiais militares, 100 guardas municipais e 25 funcionários da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb); 60 militares do Exército, 22 profissionais da Marinha e 4 policiais civis.

Nas buscas, salvamentos e fornecimento de mantimentos para populações de áreas afetadas, estão sendo empregadas embarcações e seis aeronaves, sendo três do Grupamento Tático Aéreo da Secretaria de Defesa Social e três da Polícia Rodoviária Federal.