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O genocidio não é de agora

de Vander Lúcio Barbosa
27 de janeiro de 2023
em Artigo
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(Foto: Alan Azevedo/ISA)

(Foto: Alan Azevedo/ISA)

Nos últimos dias, o Brasil tem sido sacudido por incontáveis notícias, reportagens, veiculações em redes sociais e outros tipos de comunicação sobre o que ocorre com o povo Ianomami, no extremo Norte do País. A anunciada dizimação dos povos primitivos, principalmente, no Brasil, não é de hoje. Atualmente ela é mais exposta por conta da facilidade dos veículos de comunicação e devido ao apelo midiático e político que a causa permite.

É moda, agora, falar sobre problemas indígenas. No caso, dos Ianomamis (ou ianomâmis, yanomâmis, yanoamas, ou, yanomânis, grupo de, aproximadamente, 35.000 indígenas que vivem em cerca de 200 a 250 aldeias na Floresta Amazônica, na fronteira entre a Venezuela e o Brasil. Compõe-se de quatro subgrupos: Yanomae, Yanõmami, Sanima e Ninam. Cada subgrupo fala uma língua própria: juntas, elas compõem a família linguística ianomâmi.

O povo Ianomâmi é a sétima maior etnia indígena brasileira, com 15 mil pessoas distribuídas em 255 aldeias relacionadas entre si em maior ou menor grau. A noroeste de Roraima, estão situadas 197 aldeias que somam 9 506 pessoas e, a norte do Amazonas, estão situadas 58 aldeias que somam 6 510 pessoas), conforme dados do sistema Wikipédia.

São chocantes as imagens divulgadas, com crianças à beira da morte, principalmente por causa da inanição e da falta de medicamentos. Idosos em situação de penúria e um povo massacrado, literalmente, em favor da ganância do “homem branco” que quer tomar-lhes bens materiais (minérios, e pedras preciosas, animais, plantas medicinais e outros) para a sanha insaciável de domínio.

Se pudessem, esses verdadeiros invasores, até, exterminariam os índios, como já ocorreu em outra situações e em outas regiões. Os Ianomamis estão acuados, cada vez mais empurrados para a direção Norte, enquanto que suas terras, justiça seja feita, demarcadas pelo, então, Presidente Fernando Collor, ficam, também, cada vez mais, expostas aos grandes fazendeiros, criadores de gado, garimpeiros e outros ocupantes ilegais.

Mas, esse crime, que muitos chamam de genocídio, não é de agora. Ele começou em 1.500, portanto há 523 anos, quando por aqui aportaram os primeiros navios portugueses. Desde então, os indígenas foram enxotados para o interior e, hoje, os verdadeiros donos do Brasil vivem, em sua maioria, na clandestinidade, e escondidos para não serem vítimas desse sistema cruel.

Quantas e quanta nações indígenas desapareceram no correr desse tempo? De muitas delas, sobraram resquícios de descendentes, assim mesmo, miscigenados com outros povos (negros, brancos, outras tribos etc.). Por onde andariam os índios das nações Xavante; Goyá; Avá-Canoeiro, Uaimiri-atroari, dentre outras, que ocupavam grandes áreas em Goiás? Também não foram expulsos, dizimados, assassinados e perseguidos?

Então, fora a exploração político/midiática que se faz com os Ianomami, é uma coisa pela outra. Se os brasileiros não forem, de fato, despertados para este massacre étnico, corre-se o risco de as gerações futuras conhecerem índios brasileiros apenas e, somente, através de livros, filmes e outras imagens. Eles tendem, sim, a desaparecer. Por completo.

Rótulos: artigoGenocidioIanomamiIndígenasVander Lúcio Barbosa

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