Por Eduardo Brandão, CEO da Foco Indoor
A grande dependência dos aparelhos eletrônicos é algo que tem sido alvo de grande preocupação, os computadores estão cada vez menores e mais portáteis, os tablets são usados em vários ambientes e todo mundo tem um telefone celular de última geração que nos lembra de todos os nossos compromissos e necessidades. Isso tudo é fruto da evolução da tecnologia e o nosso dever é acompanhar sabiamente esse desenvolvimento até porque não é algo que vai retroceder.
Por muitos anos o aspecto multitarefa do cérebro foi muito valorizado, se o seu cérebro é capaz de prestar atenção em muitas coisas ao mesmo tempo você era uma pessoa funcional, competente e antenada, mas atualmente isso mudou.
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Alguns estudiosos da atualidade se preocupam em entender um pouco mais sobre essa crise generalizada de atenção, manter o foco já não é algo que todos podem e conseguem fazer. São tantos os estímulos que temos ao longo do nosso dia, sons, imagens, dados, textos, e como tudo isso requer um pouco da nossa atenção, cabe a nós administrar a quantidade de atenção que cada item precisa.
O Hiperfoco, ato de se concentrar apenas em um único estímulo se tornou um objeto importantíssimo para ser discutido e está nas listas de habilidades que serão cobradas de profissionais até o ano de 2025.
As telas ocupam um grande porcentual de objetos que sugam o nosso foco e atenção, é preciso ter uma disciplina da quantidade de tempo que você tem empregado para elas ao longo do dia. Mas isso não quer dizer que elas não trazem nenhum benefício, muito pelo contrário, quando usadas sabiamente, as telas acrescentam e muito na nossa realidade, mas isso é obtido através de um equilíbrio entre o tempo que você gasta com o mundo físico e o “virtual”.
O maior perigo dessas ferramentas é o indivíduo que não faz uso das informações e da sabedoria proveniente desses meios, tentar ir contra essa corrente não vai trazer nenhuma vantagem pra ninguém, privar as crianças não é a melhor escolha, até porque a evolução continua acontecendo e saber lidar com as telas é quase que vital, elas precisam é de uma instrução para lidar com o “digital” da mesma maneira em que são instruídas para lidarem com a vida “real”, ter noção das armadilhas e perigos que encontrarão, além de saber dosar o seu tempo e esforço em função dos aparelhos eletrônicos. Exemplos precisam ser dados e cabe a nós adultos mostrar que conseguimos manusear as tecnologias a nosso favor, ao invés de sermos dominados por ela.