O assunto não é novo, mas, é indispensável. Vivemos, efetivamente, no mundo digital, onde tudo gira em torno da máquina chamada computador, em suas mais diferentes formas e estilos. O certo é que somos dependentes desse sistema e não há como fugir dele. Pelo menos, no atual contexto. Tudo está ligado à rede mundial de computadores (Internet), seja para assuntos pessoais e individuais, seja para atos coletivos, empresariais e interativos. Ninguém vive sem computador, independentemente da condição social, da cor, da raça, de onde more ou, de onde trabalhe.
Agora mesmo, presenciamos o envolvimento, cada vez maior, das relações humanas interpessoais, com a informática, quando o assunto é finanças. O PIX, as transferências, os pagamentos, os recebimentos e outras operações econômico/financeiras, passam, obrigatoriamente, pelos teclados dos celulares, dos caixas eletrônicos, dos computadores de mesa. Seja na cidade, seja no campo, seja nas fábricas, seja no mercado. Estamos dando adeus aos talões de cheques, à nota promissória, à duplicata de papel. Tudo, a partir de agora, é na base do virtual. Só que, uma grande parcela da população, por variados motivos, ainda, não tem acesso a esse mundo. É aí que deve entrar a ação governamental para que isto seja alcançado. E, quanto antes, melhor. O tempo não para.
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Na verdade, os serviços financeiros digitais têm atraído, cada vez mais, os brasileiros. Pesquisa global da Finder, consultoria em investimentos, mostrou que 42,7% dos adultos do País já possuem uma conta em banco digital. O número é 10,7% maior do que o registrado no ano passado. Segundo as estimativas do setor, o número de usuários de serviços financeiros digitais deve atingir pico acima de 55% em 2027. A pesquisa sobre os usuários de bancos e serviços financeiros digitais mostrou que o Brasil, em 2022, foi o país que mais aumentou o número de clientes que aderem a essa modalidade de serviço. Depois, vem a Índia (com 26,3%); Irlanda (21,8%); Cingapura (21,2%); Hong Kong (19,7%); Emirados Árabes Unidos (18,8%); México (17,4%), Espanha (16,8%) e África do Sul (14,8%).
Na outra ponta, entre os países que menos usam esse tipo de serviço estão os Estados Unidos, com 7,5% de usuários. Depois vem Filipinas (12,8%); Malásia (13,1%), Portugal (14,2%) e Alemanha (14,4%) entre os países onde a população ainda não viu ou conhece as vantagens nos serviços financeiros digitais. Em se falando de Brasil, significa que é urgentemente necessário que os governos (municipais, estaduais e o Federal) despertem para esta realidade e invistam, maciçamente, na preparação e na qualificação das gerações futuras. É imperioso que se abram escolas públicas de informática, que se permita o acesso de crianças e jovens oriundas de famílias mais humildes, ao mundo virtual. Caso isso não ocorra em curto espaço de tempo, o fosso entre as camadas sociais no Brasil será muito mais largo. E isto sinaliza para problema socias de difícil resolução. A hora é agora.