Desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, em diversas ocasiões, cogitou-se a possibilidade de um terceiro conflito de dimensões globais. Isso ocorreu na Alemanha, em 1961, após um incidente envolvendo um cidadão americano no extinto Muro de Berlim. Também foi assim no início da tensão entre Cuba e Estados Unidos, envolvendo a União Soviética, nos anos 1960.
De maneira similar, mencionou-se um terceiro conflito mundial em 1965, com a explosão da Guerra do Vietnã, bem como em 1967, no episódio conhecido como a “Guerra dos Seis Dias”, entre Israel e Egito. Além disso, na Europa, em 1983, houve um aumento das tensões quando os então presidentes Ronald Reagan, dos Estados Unidos, e Yuri Andropov, da Rússia, se desentenderam.
Mais recentemente, destacaram-se como prováveis estopins os conflitos na antiga Iugoslávia e, há três anos, a guerra entre Rússia e Ucrânia. Em meio a esses eventos, ocorreram inúmeros conflitos regionais, principalmente no Oriente Médio. Nenhum, contudo, parece ter sido tão ameaçador quanto os atuais enfrentamentos entre Israel e o grupo Hamas e, posteriormente, entre Israel e o Irã.
O potencial uso de armas nucleares tem sido frequentemente abordado, sugerindo que, em caso de uma Terceira Guerra Mundial, os resultados seriam catastróficos devido à sofisticação dos armamentos atuais. Além de aviões moderníssimos com um incomparável poder de destruição, existem equipamentos e veículos cujas capacidades são desconhecidas, com teorias afirmando que poderiam destruir o mundo inteiro em pouco tempo, decretando o fim da humanidade.
Esse temor é intensificado pelo radicalismo de alguns governos e pela imposição de outros. O uso de armamentos nucleares resgata lembranças das tragédias de Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas destruídas durante a Segunda Guerra Mundial. Atualmente, vários países possuem tecnologia para a fabricação de armas nucleares, e muitos mantêm estoques consideráveis.
Em termos numéricos, a Rússia detém cerca de 6.255 armas nucleares; os Estados Unidos, 5.550; a China, 350; a França, 290; o Reino Unido, 225; o Paquistão, 165; a Índia, 156; Israel, 90; e a Coreia do Norte, entre 50 e 60. Outros países, como Japão e Itália, também podem deter essa tecnologia.
Diante disso, caso ocorra um conflito internacional, por certo será uma catástrofe de dimensões imprevisíveis, com efeitos devastadores ao redor do globo. Segundo especialistas, esse possível conflito teria curta duração, mas muito diferente das duas guerras mundiais anteriores. Com o cenário atual, marcado por radicalismo, fanatismo religioso, disputas étnicas, interesses econômicos e brigas territoriais, não há muito espaço para imaginar um futuro pacífico. Torna-se urgente que os líderes mundiais, direta ou indiretamente envolvidos nesses embates, encontrem o caminho para a paz. O quanto antes, porque muitos inocentes têm perdido a vida sem saber os motivos ou razões dessas disputas.
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