A identificação de um lote com mais de 100 quilos de carne estragada (imprópria para o consumo humano) em um supermercado de Goiânia, há alguns dias, acendeu (mais uma vez) o sinal de alerta para este risco à saúde pública.
É um fato recorrente em todas as partes e que, até hoje, não teve a aplicação de regras efetivas para se impedir tal prática. Em que pese o trabalho dos procons, das vigilâncias sanitárias e outros órgãos fiscalizadores e defensores da saúde pública, a coletividade, invariavelmente, se depara com tal situação.
A origem dessa anomalia é diversificada. Vendem-se carnes (porcos, bois, peixes e aves principalmente) sem os devidos cuidados higiênico/sanitários, sem acondicionamento adequado e de animais sem procedência.
Em muitos dos casos, o congelamento do produto serve para mascarar a qualidade da proteína animal e o consumidor, inadvertidamente, adquire e consome e se expõe à aquisição de uma série de problemas de saúde.
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A comunidade médico/científica emite constantes alertas e orientações aos consumidores em geral para que se atentem a procedimentos básicos, mas que podem evita maiores males.
Os desdobramentos da ingestão de carne contaminada, estragada, imprópria para o consumo humano são diversos, muitos deles com alto teor de gravidade. Não é incomum os consultórios médicos, postos de saúde e estabelecimentos correlatos receberem pacientes com sintomas ocasionados por este hábito alimentar.
Tipos de danos
Segundo o próprio Ministério da Saúde, comer carne estragada pode, por exemplo, causar infecções gastrointestinais graves por conta das bactérias nela existentes.
Além disso, essas bactérias podem chegar ao intestino e causar graves casos de febre e diarreia.
É possível, ainda, que estas bactérias provoquem lesões ao tecido intestinal, sendo necessária uma intervenção cirúrgica.
Há caso mais graves, como a probabilidade de se adquirir um câncer, por exemplo. Mas, segundo a ciência, para que um câncer aconteça por causa de um alimento estragado, é necessário que haja um consumo frequente e prolongado.
Dessa forma, é bem improvável que isso aconteça por causa desses casos investigados pelas autoridades sanitárias e, até, policiais/judiciárias.
Por outro lado, é importante ressaltar que o consumo exagerado de carne vermelha e de alimentos embutidos está diretamente ligado ao aparecimento de tumores na próstata, mama, intestino e estômago.
Sem contar que, crianças e idosos, por terem o sistema imunológico mais frágil, são os grupos que mais podem sofrer com o consumo de carne estragada.
Nesses grupos, os quadros de diarreia e febre podem ser, ainda, mais graves, causarem desidratação e, em casos mais extremos, até a morte.
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Observação
Por isso, o mais importante é saber observar o produto.
A cor é um ótimo sinal: carnes amareladas, acinzentadas ou esverdeadas não são indicadas. A textura, também, pode ajudar: Recomenda-se fugir de produtos viscosos ou escorregadios.
O cheiro é outro fator que não deixa dúvidas. Caso ele se mostre desagradável é bem provável que a carne já esteja contaminada.
Há de se tomar cuidado, também, com as “promoções” que, em muitas das vezes, “empurram” produtos estragados com preços baixos, mas que, escondem a verdadeira intenção, que é de “desovarem-se” estoques prestes a terem o prazo de validade vencido.
Recomendações
A Vigilância Sanitária adverte que, mesmo com esses cuidados, é muito importante comer a carne bem cozida. Altas temperaturas são capazes de matar as bactérias que causam infecções.
Por isso, o consumo de carnes malpassadas nunca é indicado. Outro cuidado é a hidratação. Ela é extremamente importante, pois a água ajuda os rins e o fígado no combate às toxinas.
Médicos gastroenterologistas informam que alguns tipos de remédios para diminuir a acidez estomacal, também, podem ajudar.
Caso algum sintoma mais forte apareça, é importante se consultar com um profissional para decidir se é preciso o uso de antibióticos.
A orientação é que, caso surja algum sintoma que pode ter sido causado pelo consumo de carnes em condições ruins, deve-se procure um médico imediatamente.
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