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O perigo dos agrotóxicos

de Carolina Umbelino
22 de maio de 2009
em Saúde
Reading Time: 4 mins read
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Consumir alimentos naturais é uma prática recomendada por nutricionistas, médicos e técnicos da área. Entretanto, nem sempre comer verduras, legumes, raízes, tubérculos, frutas e similares, pode ser sinônimo de saúde. É que, em determinados casos, a aplicação indiscriminada das substâncias químicas, conhecidas por agrotóxicos, pode comprometer a qualidade do produto e, muito mais do que isso, causar danos à saúde de quem consome. O pimentão foi o alimento que apresentou o maior índice de irregularidades para resíduos de agrotóxicos durante o ano de 2008. Mais de 64% das amostras dessa hortaliça, inspecionada pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, apresentaram problemas. O morango, a uva e a cenoura também apresentaram índices elevados de amostras irregulares, com mais de 30% cada.
Os agrotóxicos são substâncias químicas (herbicidas, pesticidas, hormônios e adubos químicos) utilizadas em produtos agrícolas e pastagens, com a finalidade de alterar a composição destes e, assim, preservá-los da ação danosa de seres vivos ou substâncias nocivas. Sua utilização teve início na década de 20, e durante a Segunda Guerra Mundial eles chegaram a ser usados como armas químicas. No Brasil, o uso começou nos anos 60.
Quando bem utilizados, os agrotóxicos impedem a ação de seres e substâncias nocivos, sem danificar os alimentos. Porém, se os agricultores não observarem alguns cuidados durante o uso, ou extrapolarem no tempo de ação, essas substâncias podem afetar o ambiente e a saúde. Segundo o agrônomo, Fábio Bittencourt da Cunha, cada produto químico tem um período de carência (o intervalo de tempo, em dias, que deve ser observado entre a aplicação do agrotóxico e a colheita do produto agrícola) específico. E quando a colheita acontece antes do prazo, corre-se o risco de consumir alimentos com resíduos.
Em Anápolis, somente nos primeiros meses de 2009, aproximadamente 40 mil embalagens foram devolvidas para a Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas da Região de Anápolis – ARIARA. E os pesticidas mais procurados foram os que combatem as pragas do tomate. Essa, também, foi a cultura que apresentou maiores avanços quanto à diminuição dos índices de irregularidades para resíduos. Segundo dados da Anvisa, em 2007, 44,72% das amostras de tomate analisadas apresentaram resíduos de agrotóxicos acima do permitido. No último ano, esse número caiu para 18,27%.
Apesar da diminuição nas irregularidades, ainda é necessário ficar atento. Os agrotóxicos são para as pastagens, legumes, verduras e frutas, como os remédios para o homem. E assim como com os medicamentos, existem certos cuidados que devem ser tomados durante a utilização. Fábio Bittencourt alerta que é necessário respeitar os limites de dosagem estabelecidos na embalagem, assim como o período de carência e a quantidade de aplicações. Outro cuidado é intercalar produtos diferentes, pois os seres nocivos podem acabar se tornando resistentes ao pesticida, se esse for usado continuamente. E, principalmente, é necessário utilizar os agrotóxicos registrados para cada tipo de alimento.
Além disso, a fim de preservar a saúde de quem faz o manejo dessas culturas, deve-se usar equipamentos de proteção individual – EPI (macacão de PVC, luvas e botas de borracha, óculos protetores e máscara contra eventuais vapores). E em caso de contaminação, substituí-los imediatamente. É imprescindível, ainda, fazer a tríplice lavagem e a inutilização das embalagens, após a aplicação dos produtos, impedindo, assim, que tais recipientes possam ser utilizados para outros fins. Após tríplice lavagem, elas devem ser destinadas a uma central de recolhimento para reciclagem.
O agrônomo recomenda que para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos, o consumidor deve optar por produtos com origem identificada – essa identificação aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos, com adoção de boas práticas agrícolas. É importante, ainda, a escolha de alimentos da época, ou produzidos por métodos de produção integrada (que a princípio recebem carga menor de agrotóxicos). Os procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras, também, ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes nas superfícies dos alimentos.

Cuidados
Ingerir alimentos com partículas de agrotóxicos, pode ser extremamente perigoso. As substâncias acumulam no organismo, causando problemas sérios de saúde. Por conta disso, é importante uma completa higienização Esse cuidado começa na hora da compra. Quando a preferência for pela feira livre, observe a qualidade dos produtos. Se estiverem amassados, evite-os. Nos supermercados, fique de olho para não levar alimentos vencidos. Também, evite comprar vegetais picados. Se foram cortados sem cuidados, a polpa acaba sendo contaminada.

Limpeza correta
As verduras devem ser bem-lavadas, passando-se os dedos por toda a casca para retirar terra, pedaços machucados da folha e larvas. Depois, deixe de molho em uma solução desinfetante por 30 minutos. A seguir, lave novamente em água corrente e consuma sem qualquer receio. Para os legumes, o procedimento é o mesmo. Se for ingeri-los com a casca, é importante esfregar com uma bucha própria sobre toda a extensão, para eliminar a camada esbranquiçada de agrotóxico. Daí, é só colocar de molho em solução e consumir. As frutas precisam ser limpas da mesma forma.

Orgânicos e hidropônicos
os alimentos orgânicos são cultivados na terra, onde há bactérias. Então, a higienização deve ser igual. Já os hidropônicos, cultivados em estufas irrigadas, precisariam apenas de uma lavagem mais criteriosa mas, na dúvida, é melhor desinfetá-los também.
Para os produtos que já vêm limpos, às vezes picados, nos supermercados, é bom verificar a procedência e saber se houve a desinfecção e o acondicionamento em embalagens com atmosfera modificada

Higienização
Frutas, saladas ou legumes e verduras cozidos, antes de irem para a mesa, precisam ter a garantia de que estão livres de bactérias e larvas.

Vinagre
É preciso colocar duas colheres de sopa de vinagre para cada litro de água. Depois, é só deixar as verduras e as frutas mergulhadas neste preparado por 30 minutos. Se existirem larvas vivas, o vinagre não vai matá-las, mas faz com que se soltem das folhas. Então, é preciso passar novamente em água corrente para eliminá-las da salada.

Água sanitária
Colocar uma colher de sopa para um litro de água e deixar os alimentos por 15 minutos para eliminar larvas e bactérias. Depois, é lavar em água corrente.

Hidrosteril
É um preparado com hipoclorito de sódio e permanganato de potássio estabilizados que ajuda a higienizar os alimentos, eliminando larvas e bactérias. E o recomendado é colocar duas gotas do produto em meio litro de água e deixar por 15 minutos. Em seguida, é preciso lavar os alimentos em água corrente.

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