Nos últimos dias, discussões acirradas ocorreram na Câmara Municipal de Anápolis, com embates envolvendo vários vereadores. Essa situação fez com que surgissem diversas manifestações em redes sociais, muitas vezes, achincalhando o Poder Legislativo.
Essa é uma questão que deve ser muito bem avaliada, antes de se fazer julgamentos. Primeiramente, os debates são naturais em qualquer parlamento. Aliás, a razão de ser do Legislativo é ser uma casa de debates.
Com diversos pontos de vista e ideologias político-partidárias diferentes, é natural que existam divergências e, em determinados momentos, haja um acirramento maior nas discussões.
Agora, esse acirramento pode ocorrer quando o debate se encontra pautado nos argumentos, independente do assunto em pauta. O que não é saudável é que qualquer debate descambe para o campo pessoal ou para picuinhas.
Hoje, diga-se de passagem, a população tem muita facilidade em acompanhar o trabalho do Poder Legislativo. As sessões são transmitidas ao vivo na internet e poder ser acompanhadas até de um aparelho celular.
E é importante que a cidadão, o eleitor, acompanhe a atuação dos vereadores. E, diga-se de passagem, essa atuação não se restringe às sessões plenárias, apresentação de projetos, requerimentos, indicações, dentre outras ferramentas, além da fiscalização do Poder Executivo.
O trabalho do vereador também consiste em ir à campo conhecer as demandas da população e buscar meios para que as demandas tenham encaminhamento.
É um trabalho amplo e de muita relevância para a sociedade. Por isso, é preciso também que tenhamos a consciência de valorização do Legislativo, enquanto poder constituído. É, inclusive, o nível de poder que está mais próximo da população.
Necessário se faz, portanto, separar o joio do trigo. Não é porque às vezes se tem discussões exacerbadas, que o parlamento seja ruim, seja ridicularizado. A ação individual do vereador é diferente da imagem e do papel institucional da Câmara Municipal.