Na cidade, são três os candidatos à presidência. Um da situação, Samuel Santos, e dois da oposição, Jeovah Viana Borges e Regis Davidson
A disputa pelo comando da Subseção da OAB em Anápolis se dá nos mesmos moldes de uma campanha política comum. Os candidatos buscam apoio entre seus pares advogados e também diante das classes organizadas dentro da sociedade. Nessa batalha, a imagem vale muito e a comunicação estratégica é essencial. Uma disputa cara, principalmente em termos de tempo. Por isso, à exemplo do que tem sido observado nas últimas eleições para os cargos dos poderes Executivo e Legislativo, os que pleiteiam a vaga de presidente buscam vias mais baratas e eficientes, como as redes sociais.
Vereadores divergem sobre proposta de interdição de parque
A eleição está marcada para o próximo dia 30 de novembro. Por aqui existem três candidatos. O da situação, Samuel Santos e os da oposição, Jeovah Viana Borges e Regis Davidson, que travam uma batalha até agora sem polêmicas, utilizando também os meios de comunicação tradicionais como jornais, sites, radios e canais de TV. Jeovah Júnior apoia Rodolfo Otávio Mota, que é um nome da situação na disputa a presidência da Seccional goiana. Regis Davidson é o representante do advogado Rafael Lara, nome que o atual presidente da OAB goiana, Lúcio Flávio Paiva, escolheu para eleger como seu sucessor. Já Samuel Santos tem longa história nas diretorias da Subseção e atualmente é vice-presidente, apoiando para a Seccional o nome de Pedro Paulo Medeiros.
Samuel Santos
Embora seja o atual vice, com o Advogado Jorge Elias no comando da OAB Anápolis, Samuel defende a bandeira da renovação. Segundo ele é por isso que Jorge optou pela não reeleição. Também defende o respeito à autonomia orçamentária da Subseção, “atualmente sacrificada pela gestão estadual”, de acordo com suas próprias palavras. Daí o slogam “Renovação e Respeito”, usado na campanha e simbolizando suas principais propostas. “Comungo dos ideais, princípios e valores do candidato estadual Pedro Paulo. Ele apresenta um projeto de efetivo compromisso com a advocacia”, diz Samuel. Ambos são contra a utilização da OAB como forma de promoção pessoal para negociatas políticas e captação de clientes.
Especialista em Diretito Empresarial, Samuel já atuou como secretário-geral-adjunto, no período em que a entidade foi presidida por Ronivan Júnior. Antes disso, apresentou o projeto de criação e foi o primeiro presidente da Comissão de Direito Empresarial na gestão presidida por Antônio Heli de Oliveira. Entre as propostas do candidato estão ainda a valorização da jovem advocacia e do papel da mulher advogada em cargos de poder na OAB. Inclusive é mulher a candidata da chapa à vice-presidência. Desde 2019, na subseção, Juliana Karla Galvão preside a Comissão de Direito Tributário, na qual atuou como vice-presidente, de 2016 a 2018. “Quem acompanha o nosso trabalho sabe o quanto a mulher e o jovem advogado tiveram espaço nas decisões e na implantação de projetos voltados à essas categorias. É medindo os avanços que tivemos nesse período que acreditamos numa vitória no pleito de novembro”, declara Samuel.
Jeovah Júnior
Apoiando o advogado Rodolfo Otávio Mota, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), Jeovah, que também é um advogado de tradição em Anápolis, cita feitos da atual administração em Anápolis, como a criação do “Meu Escritório”, do qual é diretor. Um moderno escritório compartilhado para advogados, que funciona em frente ao Forum. Jeovah já foi presidente da Subseção Anápolis, de 2004 a 2006 e atua na área criminalista. Entre suas propostas está conferir mais agilidade às demandas da advocacia local e ampliação do diálogo com a classe. “Vejo pouco contato com os profissionais, que estão na ponta da lança, batalhando por um lugar ao sol. Em quase três anos na diretoria geral do ME Casag Anápolis, eu me tornei um profundo conhecedor das reais necessidades da advocacia. Por exemplo, a dificuldade de se obter um simples documento na nossa Subseção é enorme”, aponta ele.
Jeovah também cita um problema antigo. A dificuldade de comunicação do advogado com o Judiciário. “ Há enormes barreiras quando precisamos de um atendimento especializado. Falar com juiz está se tornando quase impossível e isso precisa mudar. Advogadas e advogados são desrespeitados o tempo todo, barrados na sua atuação. Quero lutar por um melhor diálogo entre os atores do processo”, resume. Além disso, o advogado cita a necessidade de implantar no município as mesmas benfeitorias que a OAB GOIÁS tem criado na capital. “São diversos programas que, com o apoio do nosso candidato em Goiânia serão desenvolvidos aqui e vão elevar o trabalho da classe para outro patamar. Se foi possível implantar lá, não vejo dificuldades para que o modelo se desenvolva em Anápolis, principalmente por se tratar de uma cidade tão grande e próspera”, conclui.
Regis Davidson
Regis apoia a candidatura de Rafael Lara por entender ser o melhor nome com o “melhor projeto, que é manter a Ordem à serviço da advocacia, comprometida com ela e apenas com ela”, diz ele em campanha. Segundo o advogado, não se pode abrir mão dos avanços conquistados na gestão do presidente Lúcio Flávio, que “recuperou o orgulho e elevou a advocacia a outro patamar”. Para ele, Rafael Lara tem toda a experiência e qualificação necessária para manter o que já foi construído e melhorar o que for preciso. “Entendemos que a gestão da Subseção deve estar sempre alinhada com a gestão da Seccional, de forma que essa sintonia possibilite ainda mais inovação, modernidade, capacitação profissional e benefícios para a advocacia anapolina e de Goiás’, resume o candidato.
Regis também atua em Anápolis como criminalista e já fez parte da diretoria da Subseção, participando de diversas comissões especiais e ocupando diferentes cargos. Davidson é hoje secretário-adjunto da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB Goiás e também tem entre suas propostas a valorização do advogado. Segundo ele, se eleito, a principal característica da sua gestão será a efetividade, atuando em constante defesa da independência institucional, transparência dos atos e modernização da gestão, ampliando e simplificando o diálogo da OAB ANÁPOLIS com os advogados e demais instituições. Ele também cita medidas para auxiliar a advocacia nesse período de pandemia e naquilo que se fizer necessário quando ela passar. “Sabemos que os advogados sofrem com essa mudança e que a profissão não será a mesma depois que a pandemia passar. É preciso estar muito atento à isso e oferecer soluções”, afirma ele. Por fim, Regis propõe a criação de uma Subprocuradoria de Prerrogativas, que vai dar proteção ao advogado no seu exercício profissional.