Ação conjunta entre Gaeco e Polícia Militar resultou em sequestro de R$ 28 milhões e prisões.
A Operação Cifra Vermelha, deflagrada recentemente pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com o Comando de Operações de Divisas (COD) da Polícia Militar, teve como foco central a “asfixia financeira” de um núcleo do Comando Vermelho (CV) atuante no estado. A estratégia, segundo os promotores, visa desestabilizar a estrutura econômica da facção, considerada essencial para sua manutenção e expansão.
Durante a operação, foram sequestrados judicialmente R$ 28.108.517,00 de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas, além da apreensão de quatro veículos e três armas de fogo. Também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e seis de prisão — entre preventivas e temporárias.
Investigações complexas
As investigações começaram há cerca de um ano e mapearam o caminho da lavagem de dinheiro utilizada pela facção. Segundo o Gaeco, o núcleo desarticulado era comandado por um casal — identificado pelas iniciais J. e A.P. — que segue foragido. Eles utilizavam familiares como “laranjas” e movimentavam valores por meio de empresas de fachada e contas bancárias abertas até mesmo em nome dos próprios filhos adolescentes, de 12 e 14 anos.
“O que sustenta a organização criminosa é o fluxo financeiro. Cortar esse fluxo é essencial para enfraquecer sua atuação”, destacaram os promotores.
Entre 2024 e 2025, o MPGO contabiliza 89 mandados de prisão e 88 de busca e apreensão cumpridos em ações contra facções. Nesse período, 211 faccionados foram levados a júri popular e 311 denunciados criminalmente. A Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência do MP monitora atualmente 85 integrantes de alta periculosidade.
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