Na ação, que contou com o emprego de 123 policiais civis, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão
Esquema criminoso foi identificado em Organização Social que administra hospital em Goiás e em outras regiões do país. Ao todo, 123 policiais civis atuaram para o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens dos investigados.
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção – DECCOR, deflagrou na data de hoje, 16.09.2021, a Operação Parasitas, que tem como foco investigação sobre desvio de recursos públicos da área da saúde no ano de 2020 durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, COVID-19.
Na ação, que contou com o emprego de 123 (cento e vinte três) policiais civis, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, sendo 21 (vinte e um) em Goiânia-GO e 02 (dois) no Estado de São Paulo, em Buritizal e Ituverava, assim como foram sequestrados valores e apreendidos bens dos investigados no montante de 06 (seis) milhões de reais, que serão destinados à reparação dos danos causados ao erário.
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As investigações revelaram indícios de esquema criminoso instalado na Organização Social Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar – IBGH, que teria resultado no desvio de cerca de seis milhões de reais destinados a compra de materiais e insumos hospitalares destinados principalmente ao combate da pandemia causada pelo novo coronavírus COVID -19.
Em manobra de direcionamento de contratos, empresas de fachada registradas em nomes de laranjas foram contratadas em regime de urgência para o fornecimento de materiais hospitalares, todavia, após o pagamento das despesas, foi detectado que parte do dinheiro teria retornado a pessoas intimamente ligadas aos gestores da Organização Social, em esquema de lavagem de dinheiro.
Esquema de notas
As investigações ainda revelaram indícios de emissão de notas fiscais falsas pelas empresas de fachada para justificar o recebimento de recursos públicos, assim como que em alguns casos os materiais contratados não teriam sido entregues, ou foram entregues em menores quantidades ou com qualidade reduzida.
As irregularidades teriam ocorrido em Contratos de Gestão relacionados à administração do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – HMAP, dos Hospitais Estaduais de Pirenópolis (HEELJ), Jaraguá (HEJA) e de Urgências da Região Sudoeste, em Santa Helena de Goiás (HURSO), bem como de centros médicos voltados a tratamento de pacientes de COVID-19 localizados no Estado do Amapá. Ressalta-se que apenas os hospitais de Goiás não são mais administrados pela Organização Social investigada, em virtude de revogação dos respectivos contratos de gestão.
Os crimes investigados são de Constituição de Organização Criminosa (Lei 12.850/13, art. 2º), Falsidade Ideológica (CP, art. 299), Peculato (CP, art. 312) e de Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/98, art. 1º). As investigações tramitam na 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Dinheiro de Goiânia.