A Delegacia do Consumidor, em Anápolis, está preparando novas ofensivas no combate à pirataria no Município. Recentemente, a especializada retirou de circulação mais de 60 mil CDs e DVDs que estavam sendo comercializados livremente, sem a obediência à lei de direitos autorais. Segundo o delegado titular da especializada, Glayson Charles Rezende Reis, que responde, também, pelo 3º Distrito Policial, os próximos alvos serão o comércio clandestino de remédios, alimentos e cosméticos.
De acordo com o delegado, nesta nova ofensiva a natureza dos ilícitos é ainda mais grave. “A comercialização de produtos de origem duvidosa (sem o registro nos órgãos competentes) de alimentos industrializados, remédios e cosméticos, atenta contra a saúde das pessoas, inclusive, com risco de morte”, ressalta, explicando que essas operações não têm caráter pontual. Elas serão realizadas de forma contínua. Ele não antecipou datas, mas informou que as blitzens serão retomadas logo após o período eleitoral.
Com relação aos golpes aplicados às pessoas por meio de telefones celulares, com a promessa de sorteio de casas, veículos, dentre outros, através de mensagens enviadas aos aparelhos dos usuários do sistema de telefonia móvel, o delegado adiantou que as denúncias têm diminuído, à medida que as pessoas tomam conhecimento dessas práticas. Porém, disse, “muitas pessoas ainda caem nestes golpes, que são uma roupagem do século 21 do conto do achadinho”. E isso ainda ocorre, enfatiza, porque muita gente tem a intenção de levar vantagem em alguma coisa. “A vítima acaba tendo uma participação”, pontua, acrescentando que, da mesma forma como ocorrem os golpes com o uso do celular, ainda acontecem as práticas de abordagens nas ruas por parte dos golpistas, geralmente, a pessoas mais idosas.
Sequestros
Para Glayson Reis, outra prática mais agressiva é a simulação de sequestros, onde o criminoso diz estar com algum parente próximo da pessoa que recebe a ligação no celular. Neste caso, orienta o delegado, a pessoa deve agir com muita cautela, procurar, de alguma forma, averiguar o paradeiro da pessoa que supostamente estaria sequestrada e acionar imediatamente a polícia. Embora a incidência desses casos tenha sido bastante reduzida, eles ainda ocorrem e são de difícil combate por parte da polícia, uma vez que os criminosos atuam dentro dos presídios. Eles usam um chip de celular para fazer diversos golpes e depois o destroem, passando a usar outro e dificultando assim as investigações. Conforme o delegado, as ligações procedem de cadeias localizadas em estados como São Paulo; Ceará, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, dentre outros.
“É importante que as pessoas não passem seus dados ou dados de familiares por telefone e desconfiem de promessas de ganho fácil”, alerta o bacharel.