Anápolis vive os problemas das cidades que cresceram, ao longo de décadas, sem planejamento urbano, principalmente ações para um sistema inteligente de tráfego
As intervenções pontuais feitas pela Prefeitura em três pontos de ligação centro/bairros, quais sejam: Viaduto Ayrton Senna, Viaduto do Recanto do Sol e Viaduto “Miguel Moreira Braga”, têm sido bem avaliadas por parte dos usuários que fazem seus trajetos, diariamente, nos referidos setores. São, a princípio, soluções paliativas, de curto prazo e que dependem, ainda, de avaliações mais aprofundadas. Sem contar que os referidos trechos estão em vias sob concessão do DNIT, cujas empresas concessionárias seriam as reais responsáveis pelo melhoramento no fluxo de veículos. Mas, devido ao clamor popular, principalmente por conta das demoras e atrasos nos trajetos, o que de fato, causa prejuízos consideráveis, a Prefeitura decidiu agir e buscar o equacionamento da situação.

A primeira intervenção, na ligação do Anápolis City com o conglomerado que tem como âncora o Bairro de Lourdes, o que inclui os bairros Filostro Machado, Morada Nova, Parque Brasília, São Jerônimo e vários outros, trouxe um alívio confortante. Foram alargadas pistas de rolamento, introduzidas sinalizações semafórica e de solo, além de outros equipamentos para a disciplina do sistema. Mas, os gargalos continuam, embora em menor intensidade. A solução definitiva, ou, próxima disso, passa por um plano diretor de trânsito o que exige grandes volumes de recursos, a princípio, de difícil obtenção pelo Poder Público Municipal. Por enquanto, está mais prático e mais rápido, entrar e sair da região pela pista superior do Viaduto, onde o tráfego flui sem qualquer anormalidade. O grande problema é sair do Viaduto e entrar no setor urbano, devido aos congestionamentos que se formam.
Outros gargalos
Da mesma forma, os congestionamentos verificados na parte inferior do Viaduto “Miguel Moreira Braga”, na conexão das BRs 153 e 060, são tidos como um grande desafio para a concessionária e, para a Prefeitura, pois, em última análise, os governos municipais são os responsáveis pela gestão do tráfego urbano. Uma intervenção provisória no “Trevo da Havan” anunciada recentemente, poderia causar um alívio no fluxo que procede da BR 060, sentido Brasília/Anápolis e Brasília/Belém. Mas, não resolveria o acesso para o centro urbano, aos condutores que vêm em sentido contrário, pois há o choque natural com o movimento oriundo do setor Aeroporto, Campos Elísios, Jardim Tesouro, Santo Antônio, Leblon, Anaville e outros bairros densamente povoados. E, com a iminente entrega do Anel Viário do DAIA, que se propõe a aliviar o grande gargalo no viaduto da entrada principal do Distrito, teme-se que a situação possa se agravar.
Todavia, o grande desafio é, mesmo o acesso ao bairro Recanto do Sol e setores agregados. São cerca de dez núcleos residenciais, cujo fluxo de trânsito se soma ao advindo da BR 414 que demanda a Corumbá, Cocalzinho, Pirenópolis, Niquelândia e cidades do circuito. Outro diferencial é a particularidade do sistema ali registrado, tendo em vista haver um corredor natural e único que liga a duas das principais avenidas da Cidade: Universitária e Brasil Norte, sem contar o acesso à BR 153, sentido Bairro de Lourdes e o movimento rodoviário para a Base Aérea de Anápolis. Esse trânsito é muito intenso durante todo o dia, mas, agrava-se em horários determinados, com a entrada e saída dos milhares de veículos pertencentes aos estudantes da UniEVANGÉLICA, Faculdades Anhanguera e outros acesos importantes.
Está em andamento a execução de um projeto que pretende aliviar a carga veicular no chamado “Trevo do Recanto”, embora a aposta maior esteja na entrega do viaduto que ligará o setor ao loteamento Gand Trianon e à região do Bairro Boa Vista. Esta obra é apontada como importante para se dividir o volume do tráfego naquela região da Cidade. Mas, os resultado práticos só virão com o tempo.
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