A paralisação das obras nas avenidas no Daia, o atraso na licitação das obras do Aeroporto de Cargas, no projeto da Plataforma Logística e do entreposto da Zona Franca de Manaus não são os únicos problemas que, nos últimos dias, têm gerado incômodos principalmente à classe empresarial do município.
Na última quarta-feira, 2, durante a reunião ordinária da Associação Comercial e Industrial (Acia), outro problema foi levantado: a paralisação das obras da Ferrovia Norte-Sul. Quando esteve em Anápolis, recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou publicamente o Tribunal de Contas da União -TCU, por haver paralisado as obras da estrada em alguns trechos. Anápolis, naquela oportunidade, ainda não havia parado.
A reportagem buscou informações nos sites da Valec e do TCU, mas não há nenhuma informação a respeito da paralisação. A informação que se tem é de que a paralisação está sendo motivada, por que o TCU mandou reter, em 2008, 10% do pagamento de contratos da Ferrovia, após encontrar irregularidades. “O problema é que o TCU achou que havia algo errado e interrompeu as obras. Que se abra um processo, mas não paralise as obras”, bradou Lula, no discurso em Anápolis.
O prefeito Antônio Gomide informou que o assunto já foi tratado na Valec, com o presidente João Francisco das Neves, o Juquinha, e que gestões estão sendo feitas, para que haja a retomada do serviço. Ele acredita que não haverá maiores dificuldades em contornar a situação. Porém, disse que está acompanhando, devido ao grande interesse do município nesta obra que é de importância estratégica para Goiás e para o País.
Ferrovia do progresso
Iniciada em 2008, a construção da Ferrovia Norte Sul no trecho Açailândia no Maranhão até Anápolis, em Goiás, terá uma extensão total de 1.572 quilômetros. Em Goiás, a extensão da malha ferroviária será de 515 quilômetros. Ao término da obra a ferrovia, que começa em Belém do Pará e vai até Panorama em São Paulo, terá três mil quilômetros de extensão. A União deve investir na construção recursos na ordem de R$ 1 bilhão e 750 milhões.
No trecho goiano está prevista, também, a construção de cinco plataformas de integração multimodal. Porangatu, Uruaçu, Santa Izabel, Jaraguá e Anápolis serão as localidades beneficiadas.
Em Goiás, as áreas onde estão instalados os canteiros de obras, serão doadas ao Estado e devem ser transformadas em escolas de capacitação profissional.
Com a construção da Norte Sul, a expectativa, é de que áreas como biocombustíveis, logística de carga, infraestrutura e formação e qualificação profissional ganhem destaque, contribuindo para a geração de empregos e renda.