A delegação brasileira encerrou a sua participação nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago com a melhor campanha da história. Foram 343 medalhas no total, com 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. A segunda colocação ficou com os EUA (52 ouros, 54 pratas e 50 bronzes), seguidos pela Colômbia (46 ouros, 56 pratas e 50 bronzes).
A campanha na capital chilena superou a registrada nos Jogos de Lima, quando o Brasil subiu 308 vezes ao pódio, com 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Desde o Parapan do Rio 2007, o Brasil termina no topo do quadro de medalhas.
“O resultado foi extraordinário. Sabíamos que era um grande desafio fazer uma campanha melhor que Lima, mas nossa delegação superou todas as marcas de todos os tempos. Tivemos uma participação muito importante nos Jogos, com atletas jovens – 40% deles disputaram a competição pela primeira vez.
Mais de 100 medalhas foram conquistadas por jovens”, disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), bicampeão paralímpico de futebol de cegos.
No último dia de competições, o Brasil disputou pódios no ciclismo e no badminton, conquistando 11 medalhas no total, sendo cinco de ouro e seis de prata.
O primeiro pódio do dia foi com a brasiliense Daniele Souza no badminton, que venceu a peruana Jaquelin Javier no torneio de simples da classe WH1 (cadeira de rodas) por 2 a 0, com parciais de 21/13 e 21/13, e conquistou a medalha de ouro.
Badminton
Somente no badminton, foram oito medalhas neste dia de encerramento em Santiago.
A sergipana Maria Gilda Antunes encarou a peruana Pilar Cancino, pela classe WH2 (cadeira de rodas), e ficou com a medalha de prata depois da vitória da adversária por 2 a 0, com parciais de 21/4 e 21/2. Já o paranaense Vitor Tavares, 24, único representante do Brasil na modalidade nos Jogos de Tóquio 2020 foi derrotado pelo norte-americano Miles Krajewski na disputa do ouro do simples masculino da classe SH6 (baixa estatura), por 2 a 0, com parciais de 21/19 e 21/15, ficando com a prata.
O Brasil esteve ainda em outras cinco finais do badminton, com duas medalhas de ouro garantidas, já que duas decisões foram com atletas brasileiros. [Pelas duplas mistas das classes SL3 (pessoas com deficiência nos membros inferiores que andam) e SU5 (pessoas com deficiência nos membros superiores), a paranaense Edwarda Dias e o paulista Rogério Oliveira, que são noivos, conquistaram o ouro após vencerem a paulista Adriane Ávila e o sul-mato-grossense Yuki Roberto, que ficaram com a prata, por 2 a 0, com parciais de 21/13 e 21/13.
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Ciclismo
A paranaense Jady Malavazzi foi a responsável pelo primeiro pódio na modalidade nesta manhã de domingo.
Ela venceu a prova de ciclismo de estrada, registrando um tempo de 1h32min42 e ficando com a medalha de ouro. A prata foi para a norte-americana Sophia Brim (1h38min48), o bronze para a também norte-americana Jenna Rollman (1h38min49). Outras brasileiras na disputa, Mariana Garcia terminou em quarto lugar (1h38min49) e Josiane Nowacki em quinto (1h39min29).
A paulista Bianca Canovas Garcia, que ficou com o ouro na prova individual contrarrelógio da classe B2 (limitação visual), ao lado da piloto, a paranaense Nicolle Borges, conquistou mais uma medalha dourada no ciclismo estrada após fazer um tempo de 2h06min36. A prata ficou com a argentina Maria Agustina Cruceño ao lado da piloto Mayra Valentina Tocha (2h10min49), e o bronze com a também argentina Maria José Quiroga (2h13min06).
Pelo ciclismo estrada da classe C4-5 (deficiência físico-motora e amputados), o paulista Lauro Chaman ficou com a medalha de prata após registrar um tempo de 1h48min58. O ouro foi para o colombiano Carlos Vargas (1h48min58), e o bronze ficou com o dominicano José Rodríguez (1h52min05).
O ciclismo brasileiro também se destacou nesta edição do Parapan e somou ao país 10 pódios no total, sendo cinco ouros, três pratas e dois bronzes. Com isso, teve melhor desempenho do que em Lima há quatro anos, quando obteve três ouros, uma prata e quatro bronzes.
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Natação
Já a natação foi a modalidade que mais obteve pódios durante a participação do Brasil no Parapan de Santiago 2023, com 120 medalhas no total, sendo 67 de ouro, 30 de prata e 23 de bronze; seguida do atletismo, com 83 pódios, sendo 34 de ouro, 27 de prata e 22 de bronze e do tênis de mesa, que registrou 38 vitórias no total, sendo 13 de ouro, 13 de prata e 12 de bronze.
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Além disso, o Brasil ainda conquistou uma medalha inédita em esportes coletivos.
Depois da derrota em Toronto 2015 e Lima 2019, o rúgbi em cadeira de rodas ficou com o bronze em Santiago. Esse pódio também deu ao Brasil a chance de disputar o qualificatório da Nova Zelândia no ano que vem em busca de uma vaga nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Encerramento
Na noite deste domingo, 26, na Vila dos Atletas, aconteceu a Cerimônia de Encerramento da competição em Santiago. O porta-bandeira do Brasil foi o atleta paulista do taekwondo Nathan Torquato, que conquistou a medalha de ouro na categoria até 63kg.
A próxima edição dos Jogos Parapan-Americanos será em Barranquila, na Colômbia, em 2027. Já as próximas missões internacionais com participação da delegação brasileira serão o Campeonato Mundial de atletismo, uma das quatro modalidades em que o CPB também atua como Confederação, de 17 a 25 de maio de 2024, e os Jogos Paralímpicos de Paris, de 28 de agosto a 8 de setembro do ano que vem.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Fotos: CPB – Getty Media Manager/Cris Mattos