Anápolis dispõe de poucas opções para quem entra de férias, mas não pretende viajar. Existem apenas três parques recreativos e, todos, em péssimo estado de conservação, com poucas condições de receberem visitantes. Os brinquedos do “Parque da Criança Antônio Marmo Canedo”, mais conhecido como “Matinha”, praticamente não existem mais. Os do Central Parque “Onofre Quinan” estão destruídos e obsoletos. Além disso, o alambrado está danificado e o lago ornamental se acha quase seco. Já no caso do Parque JK o lago não tem sido utilizado há tempos, restando apenas a pista para caminhadas – que está localizada muito próxima ao espelho d‘água, oferecendo riscos para quem trafega por suas margens.
Parque da Criança
Alguns sinais de reforma já podem ser vistos nos parques da Matinha e Central Parque, onde as pistas para caminhadas internas foram refeitas. Entretanto, ainda há muito a se fazer. Segundo o Diretor de Meio Ambiente, Luiz Henrique Fonseca Ribeiro, o Parque da Criança já está com seu calçamento interno e com o cercamento praticamente recuperados. E a partir de julho terá início o trabalho de recuperação dos brinquedos, além da criação de espaços infantis. Na área onde hoje existe um galpão, será construído um espaço lúdico para trabalhos de educação ambiental e cultural.
O processo licitatório para a contratação da empresa responsável pelas obras no parque foi realizado no dia 1º desse mês e a intenção é de que, já nos próximos dias, se possa divulgar o nome da escolhida. Luiz Henrique acredita que a primeira fase das obras será entregue até o fim de julho e que a conclusão total se dê no fim do ano.
No interior daquele parque está a sede de um grupo de escoteiros, que poderá ser um grande aliado da Prefeitura na conservação do ambiente. O diretor disse que assim que a diretoria tomar conhecimento do vencedor da licitação para as obras, os escoteiros serão convidados a firmarem essa parceria. “A idéia é ajudar na recuperação do espaço de que o próprio grupo desfruta dentro do Parque e que se encontra bastante deteriorado. E que eles possam ser colaboradores na conservação do parque”, afirmou Luiz Henrique.
Central Parque
“Com relação ao Parque “Onofre Quinan”, em que a situação é mais complicada, a proposta é reestruturar o espaço”, explica o diretor. Ele afirma que, para isso, já existe uma parceria junto à Universidade Estadual de Goiás – UEG. E que junto com a orientação de alguns professores da área ambiental, foram feitas pesquisas em cidades do interior de São Paulo buscando conceber um modelo moderno de parque. O objetivo é criar um mini-jardim botânico e também um mini-zoológico com pequenos animais. Luz Henrique diz que além de sucateado, o parque possui brinquedos antigos e defasados. Por isso, será necessário trazer coisas novas. A implantação do mini-zoológico no Parque Onofre Quinan acontecerá “no momento oportuno, quando o projeto estiver estruturado e a parceria com a UEG devidamente formalizada”, disse. Além dos professores, alunos da instituição desenvolvem projetos com pequenos roedores e mamíferos. A parceria tem como objetivo a criação de um espaço de lazer harmonioso, que não traga nenhum tipo de transtorno para a população vizinha.
Já com relação às cachoeiras artificiais que causaram muita dor de cabeça em épocas passadas – por acumularem sujeira, e tornarem-se criadouros do mosquito transmissor da dengue, o diretor afirma que elas tiveram suas bombas recuperadas, e a troca da água é feita quinzenalmente.
Parque JK
No caso do Parque JK, o diretor disse que as obras já estão bastante avançadas. A pista para caminhadas e a construção de uma pista de skate já estão em andamento. Com relação ao lago que há muito não é utilizado para esportes náuticos, o que poderia trazer turistas para a cidade, Luiz Henrique explica que já ocorreram acidentes no local quando a prática era liberada – o que levou o Ministério Público a proibir essas ações. A proposta estudada pela Diretoria de Meio Ambiente, no momento, para a utilização do lago é a da implantação de “pedalinhos”, bem como para competições de caiaque e remo.
Entretanto, esportes náuticos motorizados não terão vez. Isto, devido, principalmente, ao tamanho reduzido do lago, que não comporta esse tipo de prática. Outra atitude a ser tomada com relação ao JK diz respeito à proximidade da pista de caminhada das margens do lago. O objetivo é que se imponha um maior limite de segurança.
Novas obras
Ainda segundo o Diretor de Meio Ambiente, existe o projeto para a criação de mais um parque. Ele seria uma junção do campo do Clube Ipiranga e da área da Floricultura Municipal. “A proposta é se criar um parque moderno nos moldes do parque Flamboyant em Goiânia. Os projetos já estão praticamente finalizados, nos centramos agora na parte da confecção das planilhas de custo para que possamos começar o processo licitatório”, explica. “Esse parque, também, será entregue ainda em 2009”, disse.
A reestruturação de algumas praças, também está nos planos da Diretoria. A partir de segunda-feira, dia 6, terá início a troca dos alambrados e do calçamento da Praça “Badia Daher”. Além disso, é objetivo a construção de novas praças, cujos projetos estão em andamento. “Este ano a diretoria quer entregar para a comunidade os parques reformados, além novas praças no Bairro Recanto do Sol e na Vila Esperança”, declara Luiz Henrique.
O diretor diz que o prefeito Antônio Gomide determinou a formação de novas praças nas áreas periféricas da cidade, justamente para atender às carências dos moradores desses locais por espaços de lazer. Seriam praças com espaço cultural, equipadas com estrutura para utilização da associação de moradores e realização de eventos.
Os recursos para todas essas obras foram disponibilizados pelo Ministério do Turismo através da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico. O orçamento chega à casa de um milhão de reais. Mas contempla um grande número de ações e obras, como uma pista de motocross e jipecross no setor Vivian Parque. Algo em torno de 200 mil reais para cada parque.
Segurança
Está em andamento um projeto de parceria com a Polícia Militar para garantir a segurança nos parques e praças da cidade. O diretor disse que solicitou a ajuda via ofício e que a ronda nos parques já está acontecendo. Entretanto, ele afirma que o que se faz realmente necessário é uma guarda específica e fixa dentro desses locais. “Nos novos projetos que vêm sendo elaborados, a questão da segurança faz parte da pauta de discussões. Há também uma proposta para a criação de uma guarda municipal específica para esses logradouros, que sofrem com a depredação e o vandalismo”, explica.