Todos nós enfrentamos dificuldades que podem ser ocasionais, periódicas e constantes. As periódicas podem se relacionar às mudanças fisiológicas. Algumas mulheres passam por depressão violenta na gravidez, nas várias fases do puerpério e na menopausa. Determinados homens são propensos a terríveis ansiedades quando enfrentam o desemprego.
É mais fácil enfrentar as dificuldades e tratar nossos problemas quando sabemos a causa deles. Um antigo ditado da medicina afirma que “o diagnóstico é 50% da cura”. Uma depressão pode ter tratamento mais eficaz se soubermos que ela está relacionada a algum distúrbio hormonal ou à ausência de algum elemento químico que traga a homeostase para o corpo.
Muitas vezes as dificuldades são provocadas por nossas escolhas pessoais e morais. Quando decidimos seguir, seja para a direita ou a esquerda, temos de entender que as estradas vão nos levar a diferentes jornadas. Quando erramos nas escolhas, temos de nos lembrar que há uma lei natural e implacável: “Aquilo que o homem semear, isto também ceifará” (Gl 6.7). Temos aqui o princípio da identificação. Não podemos plantar laranjas esperando colher alface.
A lei da semeadura também nos fala da proporcionalidade: se semearmos em um hectare de terra, teremos uma colheita proporcional, mas se o fizermos em 100 hectares podemos esperar colheita maior.
Precisamos aprender que as dificuldades podem ser pedagógicas e didáticas. Não podemos passar por uma luta e sair dela da mesma forma como entramos. Alguns saem embrutecidos, amargurados e revoltados. Outros, porém, aprendem e se tornam mais humanos, humildes e produtivos. A maneira como enfrentamos as dificuldades é muito importante porque algumas respostas que damos podem trazer ainda mais dores e aflições.
A paciência, o conselho sábio, a confiança em Deus, a capacidade de resiliência podem ser respostas positivas aos tempos aflitivos. Não há dor que dure para sempre, nem sofrimento que não tenha fim. Não há silêncio que não termine. A Bíblia afirma que “o choro pode durar a noite inteira, mas alegria vem pelo amanhecer” e Jesus encorajou seus discípulos ao falar realisticamente: “No mundo passais por aflição, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
Não podemos ser românticos quanto às dificuldades, nem devemos negar a sua realidade. Não generalize, não se revolte, não acredite em varinha de condão, nem deixe que seu coração seja invadido pela ansiedade ou amargura. Aprenda durante este período ou, como afirmou corretamente C. S. Lewis: “Não desperdice as suas lágrimas”. As dificuldades podem se transformar em grandes mestres, trazendo lições preciosas pra usarmos a vida Inteira