A Pesquisa de Assédio Moral, Sexual e Discriminação revelou que pelo menos 43 pessoas já sofreram assédio sexual ou discriminação por parte de juízes.
A pesquisa, realizada entre 5 de abril e 8 de maio de 2024, contou com a participação de 432 respondentes, que preencheram questionários de forma anônima, tanto eletronicamente quanto em papel.
Desses, 101 afirmaram já ter sofrido algum tipo de assédio, constrangimento ou discriminação no ambiente de trabalho. Entre os relatos, 55 foram de assédio moral, 31 de constrangimento, 8 de assédio sexual e 7 de discriminação. Cerca de 30% dos incidentes ocorreram no ambiente presencial de trabalho.
Quando questionados sobre os autores desses atos, 73 participantes identificaram ocupantes de cargo/função de chefia, 56 apontaram servidores e 43 mencionaram juízes.
Além disso, 240 participantes afirmaram nunca ter presenciado situações de assédio ou discriminação, enquanto 73 relataram ter testemunhado assédio moral e 71 presenciaram situações de constrangimento. Novamente, 73 apontaram chefes, 64 servidores e 37 juízes como os responsáveis pelos atos presenciados.
O levantamento indicou que 67% dos participantes denunciariam caso fossem vítimas de assédio, constrangimento ou discriminação, e 59% fariam uma denúncia se testemunhassem alguém sendo vítima.
“Esses resultados sinalizam que o público interno da Seccional confia no trabalho da comissão, o que também reforça o nosso papel para aprimorar as frentes de trabalho para prevenir e enfrentar a questão do assédio e da discriminação”, avaliou a presidente da CPEFAMAS, juíza federal substituta Luciana Laurenti Gheller.
A pesquisa foi realizada com o apoio dos núcleos de Bem-Estar Social (NUBES), Gestão de Pessoas (NUCGP), Tecnologia da Informação (NUTEC) e da Seção de Comunicação Social (SECOS). Os participantes responderam voluntariamente a 20 perguntas, com o objetivo de identificar riscos e impactos do assédio e discriminação, além de apontar os cargos, setores e atividades mais suscetíveis a esses problemas na SJGO.