Quando e como será efetivamente combatida a violência doméstica, especialmente contra mulheres? Teorias e condenações são comuns, mas o Brasil ainda enfrenta desafios significativos nesse problema social.
Mesmo no século 21, com avanços tecnológicos e sociais, as mulheres continuam sofrendo humilhações e violência por parte de parceiros que prometem amor e paz após buscá-las em seus lares familiares. Por quê?.
Mas, as levaram para verdadeiros infernos em vida, calabouços sociais, no campo e na cidade. A literatura policial e os dados do Ministério Público e do Poder Judiciário são provas incontestes desta verdade. Nunca se falou, se escreveu, se documentou tanto sobre o tema como atualmente. Mas, também, nunca houve tanta agressão contra meninas, adolescentes, jovens, senhoras e, pasmem, idosas neste Brasil. E, em muitos casos, esta violência vem de onde não se espera.
Um dos episódios mais emblemáticos ocorreu recentemente e foi protagonizado por uma importante autoridade política/judiciária: a Promotoria de Justiça de Santos, litoral de São Paulo, denunciou o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado Da Cunha (deputado federal e delegado de polícia que, teoricamente, estudou e foi qualificado para defender a sociedade) pelos crimes de lesão corporal decorrente de violência doméstica, ameaça e dano qualificado.
A denúncia veio após a namorada dele, a nutricionista Betina Grusiecki, acusá-lo de agressão. Em Anápolis, na semana passada, um homem foi preso depois de manter a companheira em cárcere privado por quase um mês, subjugando-a, humilhando-a e agredindo-a diária e constantemente numa sanha e numa fúria inexplicáveis, se é que existe explicações para tanta selvageria.
Estes são, apenas, dois casos esporádicos mas que revelam o nível de tolerância existentes nas relações pessoais, mais pontualmente entre casais de todas as idades, de todas as categoria sociais, de todas as tendência filosóficas, religiosas, políticas e econômicas. Pelo que se pode observar, quanto mais o tempo passa, quanto mais avança-se em conhecimento e informação, mais os homens ficam embrutecidos, ficam indolentes, ficam incompreensíveis.
Trata-se de uma ocorrência social, um estado de coisas cuja tendência é ampliar o grau de intolerância, de insatisfação, de desrespeito ao ser humano. Pelo visto, chegar-se à simbiose de pretensos parceiros está muito distante, numa situação em que as culpas continuam sem endereço. Isto tem de mudar …