O ano de 2012 terá início com mudanças importantes na Polícia Militar de Goiás. Dois novos grupos especiais serão criados, com a finalidade de proteger as divisas do Estado e agilizar o atendimento prestado ao cidadão: o COD (Comando de Operações de Divisas) e o COR (Comando de Operações de Recobrimento). O Comandante Geral da PM, Coronel Edson Costa Araújo, acredita que os novos grupos são fundamentais para impedir a migração da criminalidade, um problema recente, porém preocupante.
O COD terá bases fixas e móveis, nas principais estradas que cortam Goiás e dão acesso a outros Estados. Policiais especialmente treinados, selecionados entre os grupos especiais já existentes (Batalhão Rodoviário, Batalhão Ambiental, Choque, Giro e Rotam), vão trabalhar com armamento mais pesado e o auxílio de cães farejadores, na tarefa de impedir a entrada de armas e drogas. “Surpreenderemos os traficantes. Vamos apreender armas e drogas e recapturar foragidos. Vamos impedir, principalmente, as incursões dos criminosos nas cidades pequenas, que são mais vulneráveis e sofreram muito em 2011”, detalha Edson Araújo.
O COR será uma unidade especial sem base fixa, sempre pronta para entrar em ação, por períodos que poderão variar de uma semana a 90 dias, segundo as estatísticas da criminalidade. “Vamos agir intensamente, com ações de saturação, nos locais indicados pelo mapa (da criminalidade). Vamos dar o acabamento no trabalho da polícia local”, esclarece o Comandante.
Os dois novos grupos devem começar a atuar em 90 dias. Antes, precisam ser estruturados, com destinação de armas, cães e viaturas, e treinamento específico para os policiais selecionados.
Corregedoria
A Corregedoria da Polícia Militar será cada vez mais forte para apurar os desvios de conduta e punir os que se excederem no exercício do dever. A afirmação é do comandante geral da PM, coronel Edson Costa Araújo, que orienta a tropa a agir “de cabeça erguida e sem leniência”.
Para o comandante, o policial precisa ir para a rua sem medo e consciente do seu papel. A atividade requer firmeza e cautela, visto que, segundo Edson Costa, “99% da população é composta por pessoas de bem”. O 1% restante é composto por pessoas que conseguem amedrontar a sociedade, testar o trabalho da polícia e desestabilizar as instituições, entre elas, a Corregedoria. Ao mesmo tempo, o Coronel enxerga uma sociedade madura, ciente de que há um preço a pagar pela segurança e que reivindica uma polícia forte, tanto que pediu a volta da Rotam às ruas.
“A sociedade percebe que a polícia tem defeitos e exige que estes defeitos sejam corrigidos. Para isso nós temos uma Corregedoria forte, para que os desvios não sejam admitidos. É isso que a sociedade quer, uma polícia forte, pois é a defesa que ela tem”, argumentou.