Pontos críticos das rodovias que cortam a região, infrações de trânsito, barreiras eletrônicas e diversas ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram alguns assuntos discutidos pelo inspetor Júlio Sézar Gomes Ferreira, chefe da 2ª Delegacia da PRF com os empresários na Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia).
De acordo com o inspetor, o problema que mais exige o trabalho da PRF é a imprudência dos motoristas. Segundo ele, é uma questão de educação pública, além de saúde pública. “Se todos respeitassem as leis de trânsito teríamos menos implicações em outras frentes”, disse.
Outra questão é quanto ao efetivo. São 10.098 vagas em todo País. Em 2008 houve um aumento de três mil vagas que serão dividas para as PRFs em três anos. Segundo ele, a expectativa é de que haja um acréscimo no número de pooliciais para patrulharem as rodovias goianas. “A frota de veículos cresce constantemente e não é o que ocorre com o efetivo de policiais”, disse.
Acidentes
O inspetor apresentou diversos dados aos empresários, dentre eles o número de acidentes de 2007 e 2008 que aumentou 10%. Para ele, os fatores que mais provocam acidentes nas rodovias são a velocidade incompatível, ultrapassagens indevidas e direção sob o efeito de álcool. O número de mortos subiu de 49 em 2007 para 79 em 2008. “Esses dados reforçam a imprudência do motorista e desrespeito às leis de trânsito”, disse.
Sobre isso, através de fotos de acidentes registradas por policiais da PRF Anápolis, ele demonstrou que os bens materiais são possíveis de ser comprados, mas a vida não. O conselho, segundo ele, é repassado aos motoristas abordados que estão infringindo a lei.
Após a explanação, o inspetor foi questionado sobre as questões da rodovia no trecho Anápolis-Goiânia, onde os acidentes teriam como 85% de causas a falha humana. Ele respondeu que sempre recebeu várias reclamações sobre o trecho principalmente quando chove. “O problema é claro e deve ser resolvido, mas ainda não há como definir se a culpa é totalmente de falha humana ou o asfalto inadequado”, criticou.
Quanto às abordagem de motoristas alcoolizados, ele aproveitou o momento e disse acerca da falta de informação sobre o assunto, tanto pelos condutores, quanto pelos policiais. A Lei 11.705 fala sobre o teste de bafômetro. O chefe da PRF explicou que se o motorista inibir o teste, o policial tem autonomia para multar, reter o documento do veículo e a carteira de habilitação. “Além disso, o policial, em caso de suspeita de que o individuo esteja alcoolizado, pode encaminhá-lo á delegacia”, explicou. No entanto, a falta de equipamentos para operacionalizar ainda é um problema.
Daia
O inspetor foi questionado pelos empresários sobre os problemas verificados no trevo do Daia. Segundo ele, já foi solicitado ao Dnit um controle de fluxo no local por que, sozinhos, os patrulheiros não conseguem atender à demanda de acidentes, bem como outras atribuições que lhes competem.
Em janeiro, foi procurado pelo CMTT para parceria em resolver os problemas.
Fizeram um bloqueio teste para agilizar o trânsito. No entanto, será necessário se mudar de tática, devido ao engarrafamento de veículos que isto provoca no trevo de Brasília.
A solução é fechar as entradas e liberar o trevo para quem vem de Goiânia para não paralisar a rodovia, ou, ainda, a construção de alguns vetores. Sobre isso ele antecipou que já está sendo providenciada a formação de pistas paralelas para minimizar o fluxo e, consequentemente, os acidentes naquela região. Mas, ressaltou que isso não minimiza as pressões para a construção do viaduto o mais rápido possível.
Incentivo
Os policiais, através do programa de pontuação, estão recebendo incentivos para o trabalho. Esse procedimento, segundo o inspetor, já existia. Questionado sobre os possíveis “excessos de abordagem”, ele disse que não ocorre isso e que os policiais estão aquém do que poderiam fazer, devido, justamente, à falta de efetivo.
Segundo ele, há na PRF uma avaliação de desempenho individual. Auxílio a usuários das rodovias, por exemplo, tem pontuação positiva para o policial. Acidentes, apreensão de drogas e armas, socorro às vítimas também influenciam nas recompensas que são, por exemplo, o direito de escolher o mês das férias. “Não tem o porquê agir com excesso, temos apenas que fazer o nosso trabalho e não ficarmos ociosos”, explicou.
O tenente Edson Peres do CMTT reforçou ainda que a PRF como o órgão que está à frente não aplica nem 10% das infrações que deveriam. “Não há excesso de abordagem”, frisou. Ele citou que o mesmo acontece com os agentes do CMTT e sempre vem uma desculpa do condutor, que, por exemplo, ao estacionar em local inadequado e, ao ser abordado pela fiscalização, alega que foi só por um minuto. “É no minutinho que temos que aplicar multa. São as ações punitivas que estão resolvendo os problemas iminentes”, disse.
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