Exatos dois terços dos atuais governadores de estados conseguiram se reeleger, numa demonstração de que o povo das respectivas unidades federativas está satisfeito com o desempenho de seus mandatários.
E, respeite-se a vontade do povo. Ele assim o quis, e assim, ocorreu. Agora, passada a euforia da vitória e a dor da derrota, vida que segue.
Não há vencedores, nem vencidos.
Os governadores reeleitos vão governar para todos e, não, apenas, para os que neles votaram. Da mesma forma, os que perderam as eleições, hão de se contentar com o resultado e, internamente, estudarem os motivos pelos quais não foram bem sucedidos. O povo escolheu os que entendeu serem os melhores. Os políticos que venceram, que procurem justificar a confiança, para que, daqui a quatro anos, não sejam reprovados nas urnas. Os que perderam, que busquem formas de se reinventarem, caso desejem continuar na vida político/partidária.
Os resultado de outubro foram emblemáticos, o eleitor deu o seu recado. Sábia é a vontade popular e quem não
entender assim, está na contramão da história. Quanto ao mais, compte, agora, aos governadores reeleitos (18) e eleitos (9), não decepcionarem aos que lhes outorgaram a confiança de os representarem. E, esse mesmo povo tem o direito de cobrar (em muitos casos, até, de exigir) que as promessas de campanha sejam cumpridas, que os projetos feitos no papel se tornem realidade. Afinal, quem paga a conta é, justamente, o eleitor, o cidadão, o trabalhador. É a estes que os políticos têm de prestar contas e, não, à mídia, aos setores organizados, aos clubes, às igrejas e outros segmentos sociais.
A mesma receita serve para o Presidente eleito. Este, por sinal, conhece, profundamente, as demandas nacionais de um país que já dirigiu por oito anos seguidos. Luiz Inácio Lula da Silva tem o diagnóstico de tudo o que pode ser mantido, de tudo o que pode ser eliminado e de tudo o que pode ser acrescentado em termos de governança brasileira.
Ele foi eleito, democraticamente, por um mar de pessoas que confiaram em suas propostas e dele, muito esperam. O Brasil deixa para trás uma página de dificuldades ocasionadas, principalmente, pela pandemia da covid-19 que arrasou a Pátria como um todo. Mas, desse grande naufrágio social, restaram milhões de sobreviventes que, mais do que nunca, precisam de um condutor firme, competente e de resultados. A campanha passou, quem perdeu, perdeu e quem ganhou, ganhou.
Agora, é olhar para o alto e para a frente e partir em busca de dias melhores. Povo e governos devem se unir, mais ainda, para que esta ideia siga adiante.