Enquanto muito se fala em crescimento econômico no Brasil, com números, realmente, animadores e alvissareiros, ainda são muito tímidas as informações a respeito da oferta de energia elétrica, seja ela pelas usinas movidas a água, seja pelos ventos, seja pela captação dos raios solares. O que existe, de fato, é boa intenção. Mas, boa intenção, na verdade, não resolve muita coisa. O que resolve é prática, é ação e, isto, salvo melhor juízo, não tem sido observado a contento, nem de parte do setor público, nem de parte da iniciativa privada. E, é sabido que, sem energia elétrica, não há o que falar em aumento de produção.
O certo é que, se o Brasil não se despertar para a importância (e a necessidade) de uma política energética mais eficaz, de mais resultados positivos, a coisa vai ficar, apenas, no discurso, em sua maioria, eleitoreiro, com promessas, promessas, promessas… E, de promessas, parece, o povo anda cheio, pois os resultados prático são quase que imperceptíveis. E, lembrar que o Brasil tem potencial de sobra para fornecer energia elétrica, de boa qualidade para si e para outras nações, tendo em vista a diversidade proporcionada pelo grande volume de água corrente (energia hidroelétrica), de ventos (um dos maiores litorais do mundo) e fotovoltaica (com o sol presente em, praticamente, todos os dias do ano Basta explorar esta potencialidade para o Brasil se tornar um dos maiores, se não, o maior, gerador de eletricidade do mundo.
É sabido que a energia elétrica é um dos elementos mais importantes nos dias atuais, e mesmo uma breve queda de energia pode causar enormes perdas produtivas, de materiais e receitas para as empresas. O grau de impacto que uma interrupção é capaz de causar poderá variar de acordo com a atividade e o segmento do negócio, podendo até mesmo colocar a vida de pessoas em risco, no caso de instalações médicas.
Números da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) demonstram que, somente em 2021, os consumidores brasileiros ficaram quase 12 horas sem energia e enfrentaram cerca de seis interrupções ao longo do ano, sendo necessário realizar uma compensação de 718 milhões de reais aos afetados. Toda e qualquer organização precisa de energia para funcionar e manter sua operação. A interrupção pode impactar a linha de produção de uma fábrica; o sistema de comunicação de uma empresa, que fica sem telefone, e-mail ou chat; os escritórios, que ficam sem luz e sem internet para darem andamento aos trabalhos, enfim, é um grande prejuízo financeiro.
Para o Centro Oeste, e muito particularmente, para Anápolis, onde está o maior núcleo da produtivo agroindustrial do Centro Oeste, a oferta de energia em quantidade e qualidade aceitáveis é mais do que fundamental. A troca da empresa Enel pela Equatorial, que ainda não se instalou, acende uma chama de esperança em melhorias no sistema energético regional. Mas, também, suscita algumas indagações pertinentes sobre os resultados dessa mudança. Vai melhorar mesmo? E, se melhorar, quando é que se perceberá isto? Há coisas que não se pode esperar por muito tempo. Energia elétrica é uma delas.