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O procurador geral do Município, Carlos Alberto Fonseca, concedeu entrevista à imprensa no final da manhã desta quarta-feira, 17/04, para falar sobre o caso do advogado que está ofertando serviço, de forma indevida, no âmbito de um programa que a Prefeitura de Anápolis desenvolve para regularizar imóveis de famílias de baixa renda.
O fato ocorreu no último fim de semana, quando da realização de mais uma edição do programa de regularização fundiária (Reurb Social), na região do Jardim Esperança, localizado após o Setor Industrial Munir Calixto.
Em pelo menos dois vídeos, dois advogados oferecem serviço para “ajudar” as famílias com relação à documentação, ou seja, uma espécie de contrato de compra e venda.
Ocorre que a regularização fundiária é um procedimento que tem amparo em lei federal e num convênio com o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que garantem a realização da regularização no Reurb-S, totalmente sem custo para as famílias.
Nenhum tipo de taxa é cobrado pela Prefeitura. O município tem uma empresa contratada que atua no programa para os levantamentos necessários no processo de regularização.
Os cartórios também não cobram pela emissão da certidão de regularização fundiária, no âmbito do Reurb-S.
Carlos Alberto ressaltou que providência já foram tomadas quando a informação sobre a conduta dos advogados, para que ela seja apurada junto ao conselho de ética da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Além disso, a Polícia Civil também já foi notificada para apurar possíveis condutas ilícitas.
O procurador informou não saber se os advogados estariam cobrando pelos “serviços” ou se estariam agindo com algum outro interesse.
Ele salientou que a convocação da entrevista foi para buscar apoio da imprensa para alertar a população e, em especial, as famílias que podem ser beneficiadas com o programa de regularização de imóveis.
Carlos Alberto fez questão de frisar várias vezes durante a entrevista, que nenhum centavo é cobrado no programa. “É custo zero, se falar que custa 10 reais é mentira”.
Durante a manhã, na Câmara Municipal, o presidente da casa, vereador Domingos de Paula, fez a denúncia em plenário. Ele, inclusive, colocou o áudio de um vídeo em que um dos advogados aparece ofertando o “serviço”.
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