Marcada para esta segunda-feira, 11, a solenidade em que acontecerá a emissão de ordem de serviço para as obras do Parque Ambiental Ipiranga, no Bairro Jundiaí. Uma obra, aliás, emblemática para o Prefeito Antônio Gomide (PT) que, quando vereador na oposição ao então prefeito Pedro Sahium (DEM), lutou para que a área do antigo campo do Clube Ipiranga, não fosse vendida. O que, de fato, não ocorreu, devido a intervenção junto ao Poder Judiciário, levando Sahium a refluir da decisão, mesmo depois de o Legislativo haver autorizado a alienação.
O projeto do Parque Ambiental Ipiranga, apresentado à imprensa em julho passado, prevê o aproveitamento de uma área de 45 mil metros quadrados, compreendendo os terrenos do antigo campo Pedro Aleixo Queiroz (Campo do Clube Ipiranga) e da Floricultura Municipal. No local serão construídos dois lagos com mais de 11 mil metros quadrados, pista de caminhada com 1.172 metros, pista para ciclismo, no contorno do parque, com extensão de 1.128 metros; jardim árabe; parque infantil; espaço para educação ambiental; mirantes; teatro de arena, praça de alimentação; estacionamento e duas pontes. O investimento, segundo a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, será de R$ 3.224.908,12.
“Este parque contemplativo, que é uma novidade na cidade, oferecerá às unidades escolares da região, um serviço de educação ambiental com um mini-viveiro, auditório para 80 pessoas e ambientes para estudo”, afirmou o diretor de Meio Ambiente, Luiz Henrique da Fonseca. Segundo ele, a obra deve ser entregue à comunidade no mês de julho próximo, no aniversário da cidade.
Relembrando os fatos
Em abril do ano passado, o CONTEXTO informou a decisão da Prefeitura de implantar um projeto ambiental na área que pertenceu ao Ipiranga Atlético Clube, dada em pagamento de tributos atrasados à Prefeitura de Anápolis. O terreno, inclusive, foi a leilão público por duas vezes, mas não apareceram compradores. Em uma das praças realizadas, uma empresa chegou a oferecer mais de um milhão de reais pela área. A proposta, todavia, não foi aceita. Na época, especulava-se que o terreno valeria cerca de R$ 4 milhões. A dívida do Ipiranga, também, de acordo com as informações divulgadas à época, era de R$ 2,8 milhões.
A Câmara Municipal chegou a autorizar a venda, mas o caso foi parar na Justiça, através de um processo movido por cinco vereadores de oposição, entre eles Antônio Gomide. O juiz Sebastião José de Assis Neto concedeu liminar para bloquear a venda. Devido aos entraves, o então prefeito Pedro Sahium decidiu não mais efetivar a venda.